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Juro do BNDES cai e crédito para máquinas é estendido

TJLP recua de 5,5% para 5% ao ano e pode ficar abaixo da inflação em 2013

Programa para financiar bens de capital com taxa reduzida, que acabaria neste ano, é prorrogado com mais R$ 100 bi

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

Na tentativa de dar novo gás aos investimentos no país, o governo anunciou ontem a redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e uma linha de R$ 100 bilhões com juros mais baixos -até negativos- para financiar o setor de bens de capital em 2013.

A TJLP, cobrada na maioria dos empréstimos do BNDES, será reduzida de 5,5% ao ano para 5% no próximo ano. Se a inflação continuar girando acima de 5%, como ocorreu neste ano, isso indica que os juros ficarão negativos, ou seja, o banco estará "pagando" para conceder empréstimos.

A medida, a ser tomada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), foi antecipada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) e tem validade a partir de janeiro.

Os R$ 100 bilhões anunciados serão liberados no PSI (Programa de Sustentação de Investimento), que acabaria neste ano e foi prorrogado, conforme antecipou a Folha.

O programa terá taxas entre 3% e 8% ao ano para financiar produção e a exportação de máquinas, caminhões e tratores, além de investimento em pesquisa.

Do total anunciado, R$ 85 bilhões serão emprestados pelo BNDES diretamente ou por intermediação de outros bancos credenciados. O resto -R$ 15 bilhões- virá da liberação de compulsórios.

Esses recursos pertencem aos bancos e ficam retidos no Banco Central. Eles poderão ser usados exclusivamente para empréstimos dentro das condições do PSI.

Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, do segundo semestre de 2009 até este ano, já foram emprestados R$ 200 bilhões no PSI.

Em alguns casos, como máquinas e equipamentos de transporte, as taxas serão menores no primeiro semestre (3% ao ano) e sobem para 3,5% ou 4% ao ano na segunda metade de 2013.

Dependendo do bem financiado, os prazo do empréstimo chegam a uma década ou até mesmo 30 anos.

O objetivo é conseguir fazer os investimentos crescerem 8% no próximo ano, para viabilizar uma expansão do PIB de 4%. Neste ano, houve retração dos investimentos e a economia brasileira deve crescer apenas 1%.

Mantega disse que provavelmente será preciso que a União faça novos aportes no BNDES no ano que vem para que o banco consiga liberar tudo o que foi anunciado.

PORTOS E AEROPORTOS

Dentro dos esforços para incentivar os investimentos, Dilma Rousseff também anuncia hoje um pacote de concessão privada de portos. Ela disse ainda que, até o fim do mês, o governo apresenta um plano para aeroportos regionais e novas concessões para aeroportos centrais, como Galeão e Confins.


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