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Para segurar dólar, cai prazo de empréstimo que paga IOF

Financiamentos de até dois anos tinham imposto de 6%; teto agora é 1 ano

Moeda americana caiu 1,6% em três dias e fechou ontem a R$ 2,097; valorização no ano está em 12,2%

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Em mais uma medida para conter a alta do dólar, o governo anunciou ontem uma alteração na taxação sobre empréstimos no exterior.

Agora, apenas empréstimos com prazo de até um ano ficarão sujeitos à alíquota de 6% de IOF -até então, o imposto incidia sobre operações de até dois anos.

A mudança ocorreu um dia após o Banco Central flexibilizar a taxação sobre a antecipação de receitas de exportação, também com o objetivo de estimular a entrada de dólares no país.

A medida teve resultado e ajudou a derrubar as cotações do dólar. Ontem, a moeda americana terminou negociada a R$ 2,097, com baixa de 0,90%. Em três dias, já recuou 1,6%, acumulando uma valorização de 12,2% em 2012.

Para José Roberto Carreira, da corretora Fair Trade, as novidades diárias do governo para segurar as cotações têm tido efeito no mercado.

"A persistência do Banco Central criou um clima favorável para o recuo nas cotações do dólar. Tanto que funcionou. O dólar poder cair mais nos próximos dias."

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o objetivo da mudança de ontem foi facilitar a captação das empresas para que elas possam investir. Ele afirmou que a queda dos juros no Brasil diminuiu a necessidade de intervenção cambial.

"Nós achamos que, com a taxa de juros mais baixa aqui no Brasil, não existe mais aquela atração de capital especulativo e de arbitragem. Então, aquilo que é captado lá fora hoje é para capital de giro e para investimento."

Desde novembro, a cotação do dólar voltou a subir e bateu em R$ 2,13 na sexta-feira passada. O mercado passou a acreditar que o governo permitiria uma desvalorização maior do real para dar mais competitividade à indústria nacional.

No entanto, o Banco Central voltou a intervir nos últimos dias no mercado, segurando uma alta mais significativa da moeda americana. Uma valorização muito intensa pressiona a inflação.

Apesar disso, Mantega negou que a preocupação com a alta dos preços tenha motivado a decisão de mexer no IOF. Por outro lado, ele negou que o governo trabalhe com um teto de R$ 2,10 para a cotação do dólar.

"O câmbio é flutuante. Mas acredito que, como temos uma situação de taxas de juros mais equilibradas, dá menos volatilidade ao câmbio, o câmbio se estabiliza numa situação melhor, mais real, e precisa de menos intervenção do governo", disse.


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