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Produção de veículos recua apesar de IPI

Com exportações menores, montadoras fecharão o ano com a primeira queda no volume fabricado desde 2002

Setor prevê recuperação para o próximo ano mesmo sem a retomada de mercados externos; vendas crescerão 4,5%

DE SÃO PAULO

Pela primeira vez em dez anos, a indústria automotiva,responsável por 20% do PIB industrial do país, vai encerrar o ano com queda no volume produzido.

A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em maio, ajudou a destravar o mercado, mas não foi suficiente para reverter a queda nos volumes fabricados.

Estoques elevados de 2011 e a perda de mercado fora do país ajudam a explicar a distância entre vendas e produção neste ano, já que as importações terão a primeira queda desde 2004.

A previsão da Anfavea (associação das montadoras) é que o mercado termine o ano com 3,81 milhões de unidades comercializadas, número 4,9% superior a 2011, em linha com o acumulado até novembro (4,8%) e bem acima do PIB, que tem projeções próximas a 1%.

Depois de sustentar por meses uma estimativa de avanço na produção, a entidade admitiu ontem uma queda de 1,5% para 2012.

O volume fabricado até novembro (3,08 milhões) está 2% abaixo ao mesmo período do ano passado, mas este mês deve ser marcado por forte produção para fazer frente à demanda do último mês com IPI reduzido.

EXTERIOR

Exportações 20% menores contribuem para o número negativo no ano.

Para Luiz Carlos Mello, do CEA (Centro de Estudos Automotivos), além da falta de competitividade do parque produtivo no Brasil, a perda de mercado está ligada a restrições impostas pelas matrizes e às interrupções dos negócios no exterior.

"Exportação, quando é iniciada, tem de ser regada, cultivada. Quando há uma parada, um descompasso, para recompor isso, é muito difícil",

Para 2013, a expectativa do setor é de novo recuo (-4,6%) nas vendas externas. Apesar disso, a projeção é de um avanço de 4,5% no volume das fábricas, para 3,51 milhões de unidades.

Segundo o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, o crescimento se dará em um cenário de estoques menores e com o ingresso novos fabricantes.

As projeções sugerem alta de até 4,5% nas vendas em 2013, para quase 4 milhões de unidades."Temos que trabalhar para chegar nesses números", diz Belini.

Ele descarta uma nova prorrogação do IPI reduzido para 2013.


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