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Análise

Votação do Facebook inclui mudança na regra de privacidade

GUSTAVO ROMANO ESPECIAL PARA A FOLHA

Termina segunda, às 18h, a votação com o maior eleitorado já feita no planeta. O país chama-se Facebook.

Entre as propostas em votação estão mudanças profundas na política de governança do site, inclusive uma que diz que, ao contrário do que acontece hoje, a empresa poderá mudar suas políticas de governança sem consultar seus usuários.

As propostas incluem ainda mudanças na política de privacidade. Não é, portanto, difícil saber qual opção favorece os usuários.

Há duas formas de as mudanças serem aprovadas: pelo apoio da maioria dos que votam ou pela falta de quorum entre os que se opõem. E é essa segunda forma que chama a atenção.

Se mais de 30% dos usuários votarem, o resultado é definitivo e a empresa deve respeitá-lo, qualquer que seja. Se menos de 30% votarem, o resultado torna-se só uma recomendação e a empresa pode decidir como quiser.

Entre os que já votaram, 87% se opõem às mudanças. Só que menos de 500 mil usuários votaram até agora. Algo como 0,05% do total, bem abaixo dos 30% necessários para que o resultado seja vinculante. Ainda que a maioria dos que se manifestaram seja contrária, como poucos se manifestaram, a rede social poderá, ainda assim, mudar sua política de governança.

Tampouco pode-se alegar desconhecimento: o site enviou e-mails para mais de 1 bilhão de usuários cadastrados. Além disso, votar não custa nada e toma menos de 5 segundos do início ao fim.

Há três possibilidades que justificam a apatia que leva 99,95% dos usuários a não se manifestarem até agora.

Primeiro, não leram. Somos soterrados diariamente por um número tão grande de mensagens que nos entorpecemos e sequer nos damos ao trabalho de lê-las.

Segundo, leram, mas não entenderam. O linguajar usado é convoluto e não é fácil compreender o que está sendo proposto.

Ambas são variações do mesmo tema: se não pode vencê-los, confunda-os. Mas há uma terceira hipótese: os usuários leram, entenderam, mas não se importam.

Paradoxalmente, essa terceira hipótese evidenciaria a pouca importância que os usuários atribuem às redes sociais: não nos importamos como tais redes são geridas porque elas não têm relevância em nossas vidas reais.


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