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Episódio não traz risco às exportações
TATIANA FREITAS DE SÃO PAULOAs notícias sobre a morte de um boi no Paraná com o agente causador da doença da vaca louca, em 2010, não terão impacto sobre as exportações de carne bovina.
Com a manutenção da classificação sanitária do Brasil pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), o episódio não teve repercussão internacional. O risco do Brasil para essa doença é considerado insignificante pelo órgão.
"Não tivemos questionamento de nenhum dos nossos clientes", disse Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação brasileira dos exportadores de carne bovina). O Brasil é um dos principais fornecedores mundiais de carne bovina, com exportações de cerca de U$ 4 bilhões anuais.
Como a classificação da OIE para o Brasil é a mais branda que um país pode receber, a imposição de alguma restrição comercial à carne brasileira poderá ser questionada em organismos internacionais.
José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP, também não vê risco comercial para o Brasil. "O procedimento adotado foi o adequado e ficou comprovado que não há mal da vaca louca no país."
O frigorífico Minerva, um dos maiores exportadores de carne, destacou que a doença está relacionada à ingestão de produtos de origem animal pelos bovinos, prática proibida no Brasil.