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Lançamentos de imóveis caem 29% em SP

Neste ano, entraram no mercado paulistano 18,9 mil moradias até outubro, menor número para o período desde 2004

Sindicato das construtoras afirma que mercado passa por ajuste saudável entre oferta e demanda

CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO

A cidade de São Paulo ganhou, até outubro, o menor número de novas moradias em oito anos, depois que as construtoras pisaram no freio para se ajustar à desaceleração da demanda por imóveis.

Entraram no mercado 18,9 mil unidades nos dez primeiros meses de 2012, o total mais baixo para o período desde 2004.

Os dados compilados pelo Secovi-SP, sindicato que representa as construtoras, referem-se a unidades na planta ou em construção e serão divulgados hoje.

Na comparação com o resultado de janeiro a outubro do ano passado, houve redução de 29% do número de moradias novas. Esse total havia subido em 2010 (25%) e ficado praticamente estável em 2011 (aumento de 1%).

A retração em 2012 é pouco maior que a vista em 2009 (28%), ano que sucedeu o início da crise financeira internacional e em que a economia brasileira encolheu 0,3%, segundo dados revisados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2012, a estimativa de mercado é que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 1,3%.

"O mercado imobiliário está passando por um ajuste entre oferta e demanda, o que é extremamente saudável", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

As vendas de novas moradias neste ano dão respaldo à avaliação de que o mercado começa a se equilibrar.

Depois de recuar 21% de 2010 para 2011 -considerando sempre o período de janeiro a outubro-, a comercialização de imóveis recém-lançados diminuiu bem menos neste ano: 3%.

Foram negociadas 21,2 mil unidades, mais que o número de imóveis que entraram no mercado (18,9 mil).

Nesse cenário, os estoques, que incluem moradias com três anos após o lançamento, também subiram menos. Houve aumento de 17% em 2012, para 17,4 mil unidades. No ano passado, o crescimento havia sido de 51%.

Na avaliação de Petrucci, o estoque entre 15 mil unidades e 22 mil unidades é compatível com o mercado paulistano. "O estoque nesse nível funciona até como regulador dos preços. Os valores têm subido bem menos que em anos anteriores."

MERCADO BILIONÁRIO

Com menos lançamentos e demanda mais fraca, o valor geral de venda dos imóveis novos -que é o quanto seria movimentado se todas as moradias que entraram no mercado de janeiro a outubro fossem comercializadas- caiu 18% entre 2011 e 2012.

Mesmo assim, a cifra bilionária segue em dois dígitos: R$ 10 bilhões. Nos 12 meses encerrados em outubro, são R$ 15,3 bilhões -o equivalente a 36% do Orçamento previsto para a capital paulista em 2013, de R$ 42 bilhões.

As vendas efetivamente contratadas ficam na mesma ordem de grandeza: R$ 10 bilhões nos primeiros dez meses do ano e R$ 13 bilhões em 12 meses, até outubro.


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