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Mercado vê risco de racionamento de energia

Agentes do setor apontam incertezas sobre níveis dos reservatórios e chuvas insuficientes

DA REUTERS

O mercado de energia elétrica já começa a se preocupar com a possibilidade de o Brasil ter de passar por um racionamento de energia em 2013, segundo fontes do setor ouvidas pela agência de notícias Reuters.

Ainda há dúvidas sobre quais medidas o governo pode vir a tomar para equacionar um eventual descompasso entre oferta e consumo de energia. Tampouco há cálculos sobre qual seria a dimensão da necessidade de redução do consumo de luz.

Entre agentes do setor, que falaram sob condição de anonimato, pairam incertezas num cenário de reservatórios das hidrelétricas baixos, chuvas insuficientes para recompor os estoques e sistema de termelétricas -usado em momentos de estiagem- praticamente todo acionado.

Um executivo do setor, que preferiu não se identificar, disse que a chance de não ter racionamento é pequena e que a situação é "ultracrítica".

O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que serve como base para a negociação de energia em contratos de curto prazo, subiu mais de 60% na semana de 5 a 11 deste mês, para quase R$ 555 por MWh na carga média.

O Ministério de Minas e Energia publicou ontem uma autorização para importação de gás natural até o fim do ano para alimentar a termelétrica de Uruguaiana (RS), da AES Brasil, que está desligada desde 2009.

Nenhum representante do Ministério de Minas e Energia foi encontrado para comentar os temores do mercado de possível racionamento.

MEDIDAS

Duas pessoas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) descartaram que o racionamento seja uma possibilidade avaliada hoje, mas admitiram que na reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) da semana que vem medidas adicionais podem ser tomadas para evitar o cenário.

Uma ação citada é o aumento da transmissão de energia do sistema Norte para Nordeste e Sudeste.

RESERVATÓRIOS

Segundo os dados mais recentes do ONS, relativos a quinta, os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste operavam com 28,83% da capacidade, as represas do Sul estavam com 38,95%, e as do Norte, com 41,24%. As do Nordeste já estão abaixo da curva de aversão ao risco do órgão, com 31,61% da capacidade de armazenamento.

Um membro do ONS disse que ficar abaixo da curva de aversão ao risco não significa dizer que haja um iminência de racionamento e acrescentou que a chuva já começou a cair, embora as massas de ar frio até agora não sejam estacionárias -chegam e vão embora rapidamente.

Uma pessoa da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) disse que a companhia também descarta a possibilidade de racionamento e que ainda é possível acionar algumas térmicas de "reserva" a óleo diesel.


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