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Bancos privados reduzem ganho com juro menor

Inadimplência exige provisões altas e corroem lucro de Itaú, Bradesco e Santander

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Um ano difícil, de aperto nas margens de ganho com os empréstimos devido aos juros menores e à inadimplência ainda alta.

A definição é do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, que ontem divulgou uma queda de 7% no lucro líquido do banco em 2012, que somou R$ 13,594 bilhões.

No Santander, a queda foi maior: 24%; o Bradesco conseguiu aumentar o lucro, mas só 3,2% em relação a 2011.

Junto com a redução dos juros do governo, os bancos tiveram de encolher suas margens de ganhos nos empréstimos. No Itaú, essa margem (quanto o banco leva após captar e descontar as despesas), que estava em 8,1% em setembro de 2011, desceu a 5,8% em dezembro.

Apesar do ambiente "desafiador", segundo Setubal, os bancos privados seguiram com um aumento significativo nos empréstimos.

O Itaú elevou o volume de crédito de R$ 412,2 bilhões para R$ 449,2 bilhões -alta de 9%, abaixo dos 20% da média dos anos anteriores, mas acima do PIB e da inflação. No Bradesco, o crescimento foi de 11,5% e no Santander, de 8%.

No caso da Caixa, a expectativa é de crescimento de 40% no crédito e, no Banco do Brasil, de pelo menos 15%.

"Estamos nos ajustando a esse novo ambiente de menores juros e margens. Os bancos públicos foram mais agressivos. Temos que fazer a nossa lição de casa para de fato competir com eles."

Por lição de casa, o Itaú e os demais bancos apostam em ganhos de eficiência, com a redução de custos por transação, compartilhamento de infraestrutura (como os caixas eletrônicos), ampliação do uso da tecnologia e melhor gerenciamento dos calotes.

INADIMPLÊNCIA

A inadimplência é um dos principais "custos" dos bancos nos empréstimos. No Itaú, os calotes acima de 90 dias chegaram a bater em 7,5% do total de empréstimos em setembro, mas terminaram dezembro em 6,9%.

Isso demandou despesas para cobrir eventuais calotes (provisões) de R$ 23,6 bilhões _18,7% mais do que os R$ 19,9 bilhões de 2011.

A melhora na inadimplência no final de 2012 abre espaço para uma expansão maior do crédito neste ano, segundo Setubal.

"O ano de 2012 foi atípico pela inadimplência. Esperamos que 2013 seja um ano mais normal, com crescimento de todas as carteiras. As que mais vão crescer serão de imóveis e de investimentos."


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