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Conexão 4G terá que acelerar e cobrir estradas

DE BRASÍLIA

Ao licitar, em 2014, a nova faixa da internet móvel de quarta geração (4G), o governo vai exigir que a velocidade do serviço oferecido pelas operadoras seja de pelo menos 10 Mbps (megabits por segundo) em diversas localidades, o equivalente a dez vezes a velocidade oferecida pela tecnologia atual, 3G.

A determinação virá acompanhada de outra obrigação para as teles: o sinal do celular terá de funcionar nas estradas brasileiras.

A faixa do 4G irá operar na frequência de 700 MHz, atualmente exclusiva para emissoras de TV, e que comporta tecnologia digital e analógica. Hoje, o Ministério das Comunicações publica a portaria que irá destinar essa frequência de longo alcance às empresas de telefonia móvel.

Trata-se do primeiro passo para definir as condições do leilão, previsto para o início do ano que vem. A medida vai acabar com o sinal analógico, abrindo espaço para a expansão da internet 4G.

Essa tecnologia amplia o alcance do sinal, inclusive em ambientes fechados, e diminui o custo da infraestutura para operadoras, que precisam instalar menos antenas.

Quase 30% dos equipamentos digitais só funcionam em 700 MHz. Os Estados Unidos, por exemplo, já fizeram seus leilões e usam a frequência para a telefonia celular.

"Não faremos nada de forma açodada, vamos conversar e debater muito", disse à Folha o ministro Paulo Bernardo (Comunicações).

"Queremos transformar a velocidade de 10 megabits em uma commodity. O 4G, por exemplo, vai ter que ser nesse patamar mínimo."

Na segunda-feira, a Folha antecipou a decisão do Executivo de publicar a portaria.

REAÇÃO DA TV

O setor de radiodifusão vem reagindo fortemente à medida, sob argumento de que a digitalização provocará interferência na transmissão dos canais de TV e pode resultar em falta de espaço na faixa dos 700 MHz.

"Daremos garantia para todas as empresas de que não haverá interferência. Temos estudos que comprovam isso", afirmou o ministro.

Quando o governo leiloou, no ano passado, a primeira frequência para implantação do 4G, as ganhadoras tiveram de se comprometer a levar internet ao interior do país.

O novo plano exigirá um reforço da política industrial, com ampliação da oferta de aparelhos televisores digitais, concessão de crédito, benefícios fiscais e subsídios para tornar a tecnologia acessível.

O objetivo é começar os desligamentos da TV analógica a partir de 2015, Estado por Estado. Isso evita que haja uma corrida dos consumidores, ao mesmo tempo, para trocar televisores ou adquirir conversores. O cronograma inicial previa esse desligamento para junho de 2016.


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