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Impressão em 3D fica mais acessível

Com a queda de patentes, preço de impressora despenca; hoje é possível encontrar modelos por até R$ 3.500

Máquina permite construir objetos tridimensionais sob demanda, a partir de arquivos digitais

MARIANNA ARAGÃO DE SÃO PAULO

A chegada ao Brasil de impressoras que permitem construir, a preço mais baixo, objetos reais a partir de um arquivo digital começa a abrir novos caminhos para empreendedores e empresas.

No futuro, essas impressoras tridimensionais (3D) prometem transformar a indústria e o consumo em escala mundial.

No Brasil, os equipamentos, até então exclusividade de grandes indústrias para a criação de protótipos, já podem ser encontrados por R$ 3.500. Antes da queda de patentes que protegiam a tecnologia, custavam de R$ 60 mil a R$ 500 mil.

A impressão 3D permite reduzir custos no desenvolvimento de peças e produtos. Mais acessível, passa a beneficiar inventores e empresas de todos os portes.

"O preço das impressoras baixou a ponto de muitas empresas comprarem o equipamento sem análises de retorno sobre o investimento", diz Pete Basiliere, analista da consultoria Gartner.

Nas grandes indústrias, o benefício da "manufatura aditiva", nome técnico da tecnologia, está, principalmente, na aceleração do processo de inovação.

"É possível que um engenheiro finalize o desenho de um novo produto pela manhã e tenha um protótipo disponível à tarde", diz Basiliere.

REVOLUÇÃO

Especialistas afirmam que a popularização da fabricação sob demanda deve provocar, no longo prazo, uma revolução no sistema de produção industrial, por permitir uma "personalização em massa": obter, ao mesmo tempo, produtos únicos com a viabilidade da produção industrial em larga escala.

"Hoje, para fazer a produção de um item valer a pena, é preciso grandes volumes, além de maquinário e mão de obra especializada, o que exige investimento inicial alto", diz Eduardo Zancul, professor da engenharia de produção da Poli/USP.

De acordo com um estudo da empresa Terry Wohlers, especializada na área, cerca de 20% das impressões 3D criam produtos finais, prontos para o uso, e 80% são protótipos. Em 2020, a participação dos itens prontos para o uso nas impressões chegará a 50%, diz o estudo.

Se o modelo de "manufatura aditiva" decolar, analistas preveem impactos na geografia da indústria mundial e nas cadeias de distribuição e logística. Em vez de ser feito noutro país e importado, um produto poderá ser fabricado localmente.

A tendência seria capaz de promover o retorno da manufatura para os EUA e a Europa, diz Zancul.

"Esses mercados concentram consumidor com dinheiro e um grande número de projetistas e engenheiros."


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