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'Eles tinham um preço US$ 30 menor que o meu'

Fundição de alumínio viu ex-cliente inglês virar concorrente no Brasil

Valorização do real, infraestrutura precária e burocracia afetaram a competitividade da indústria exportadora

DE SÃO PAULO

Perder o contrato de exportação com os ingleses nem foi o pior. O empresário Luiz Toth se aborreceu mesmo quando o ex-cliente inglês passou a vender para a Scania, no Brasil.

"Eles entram aqui com um produto igual ao meu com uma diferença de US$ 30. O meu custa US$ 120. O deles, US$ 90", diz Toth.

Valorização do real, infraestrutura precária, custo portuário, burocracia. Não foram poucas as razões que minaram o ímpeto e a competitividade da Akalman, uma pequena e ajeitada fundição de alumínio instalada no distrito industrial de Alphaville, em Barueri (Grande SP).

A especialidade da Akalman é transformar alumínio em peças para o setor de automóveis.

O mercado interno, formado pelo conjunto da indústria automobilística, foi importante desde o início da empresa, mas as exportações sempre tiveram peso significativo no faturamento.

"As receitas com exportação variavam entre 35% e 40% no início dos anos 2000", lembra Toth.

A situação agora é outra. Hoje, a exportação da Akalman representa entre 7% e 10% do faturamento.

A empresa ainda vende para espanhóis e mexicanos, os únicos que ficaram após a forte perda de competitividade na produção de peças de alumínio.

Durante pelo menos seis meses, a receita de exportação com esses clientes foi menor do que o custo de produção. "Tive prejuízo para não perder espaço no mercado externo", diz Toth.

Mesmo enfrentando uma forte queda nas exportações ao longo dos últimos dez anos, as aspirações exportadoras não cessaram. A previsão, entretanto, é de um crescimento lento.

A maior aposta da empresa é o mercado interno. A retomada da produção de caminhões deve ajudar nos próximos meses, acredita o empresário. (AGNALDO BRITO)


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