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Desemprego vai a 5,4% em janeiro; SP destoa e corta vagas

No Estado, taxa subiu para 6,4%, por causa de maior procura por emprego e maior dispensa de temporários

Média das seis regiões medidas pelo IBGE sobe em relação a dezembro, mas é a mais baixa para o mês desde 2003

PEDRO SOARES DO RIO

O desemprego cresceu em São Paulo, motor da economia do país. O índice apurado pelo IBGE em janeiro, 6,4%, é o maior para o mês desde 2010. O aumento veio na esteira do crescimento acima da média da procura por trabalho e da dispensa mais acelerada de temporários.

A taxa na maior metrópole do país foi de 6,4%, acima dos 5,2% de dezembro e dos 5,5% de janeiro de 2012.

O desemprego sempre sobe em janeiro, quando aumenta a procura por trabalho pós-festas de fim de ano e há dispensa de trabalhadores eventuais. Mas a tendência foi acentuada em São Paulo.

Na média das seis regiões pesquisadas, a taxa de desemprego, 5,4% em janeiro, subiu frente a dezembro (4,6%), mas foi a mais baixa para o mês desde 2003, primeiro ano completo da série histórica do IBGE.

Cimar Azeredo Pereira, gerente da pesquisa do IBGE, diz que a alta da desocupação em São Paulo é um sinal de alerta, mas não é ainda um primeiro dado.

Em outras regiões como o Rio, o turismo de verão e o Carnaval adiam as demissões de temporários e geram empregos.

Não é possível ainda, diz, saber se a maior procura em São Paulo por emprego se dá pelas perspectivas de maior crescimento da economia ou pela necessidade de compor a renda familiar.

ACOMODAÇÃO

Outros indicadores, porém, sinalizam uma "acomodação" do mercado de trabalho no país -que manteve-se dinâmico em 2012, em contraste ao fraco crescimento da economia.

Tanto o número de empregos criados (alta de 2,8% frente janeiro de 2012) como o rendimento (alta de 2,4%) já não crescem com o mesmo vigor de 2012.

Se a economia crescer menos do que os 3% estimados para 2013, especialistas creem em possíveis demissões no segundo semestre.

"O PIB cresceu pouco em 2011 e 2012 e os empresários evitaram demitir por causa de custos com encargos e qualificação, e para reter mão de obra escassa em alguns setores. Mas um terceiro ano de baixo crescimento certamente rebaterá no mercado de trabalho", diz Reinaldo Nogueira, professor do Ibmec.

"A taxa subiu [de dezembro para janeiro] no mesmo ritmo do ano passado", disse Cimar Pereira.

Para a LCA, o cenário é de acomodação e os dados mostram crescimento mais fraco do emprego neste início de ano. O número de pessoas ocupadas cresceu 2,8% em janeiro na comparação com igual mês de 2012, num ritmo inferior ao registrado em meses anteriores.

Um dado positivo foi a retomada do emprego na indústria, um dos poucos setores que ampliaram vagas de dezembro para janeiro (1,5%).


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