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Análise

Padrão de crescimento dará o tom do mercado de trabalho

CLAUDIO DEDECCA ESPECIAL PARA A FOLHA

Os indicadores de emprego sugerem que o atual desconforto quanto às perspectivas do crescimento para 2013 não seria justificado, principalmente quando se observa um aumento anual da ocupação com carteira assinada de 4,1%, ante um PIB pouco superior a 1%.

Pode-se afirmar que os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) estariam sinalizando esperada expansão econômica para o ano.

O crescimento tem se amparado, especialmente, na renda e menos no investimento. Um dos resultados é a expansão expressiva de serviços e comércio, com baixo dinamismo da indústria.

Outro resultado é a elevada elasticidade do produto em termos do emprego.

Esse padrão de crescimento permitiu recompor atividade, emprego e renda, mas é insustentável a médio e longo prazo, pois se traduzirá provavelmente na estagnação da produtividade.

Ademais, exigirá ativação permanente das políticas de renda por parte do governo, as quais deverão sofrer restrição em um ambiente de deterioração das condições estruturais do crescimento.

Existe convergência entre os economistas sobre a necessidade de transitar para outro padrão de crescimento, fundado no investimento. A pergunta relevante é se tal transição está em curso.

Se confirmada, temos grande probabilidade de conhecer uma expansão econômica mais expressiva, com aumentos do emprego e da renda. Caso ela não se verifique, é provável que a evolução favorável dos indicadores do mercado de trabalho passe a conhecer uma nova realidade.

Resta, portanto, trabalhar para que as medidas de estímulo ao investimento surtam os resultados esperados.


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