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Embraer vai fornecer aviões para os EUA

Entrega de 20 Super Tucanos é o primeiro negócio de uma empresa brasileira com a Força Aérea americana

Empresa havia ganhado contrato em 2011, mas foi suspenso após pressão de concorrente, que ameaça voltar a contestar

PATRÍCIA CAMPOS MELLO MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

A Embraer venceu novamente a disputa para fornecer 20 aviões de combate A-29 Super Tucano para a Força Aérea dos EUA (USAF).

A empresa havia vencido a disputa em dezembro de 2011, mas o contrato foi suspenso menos de dois meses depois, após pressão da concorrente Beechcraft, que lançou uma campanha nacionalista em defesa do emprego nos EUA.

No valor de US$ 427 milhões e com potencial para chegar a US$ 955 milhões, é o primeiro contrato de uma empresa brasileira para a Defesa dos EUA -que dispõem do maior Orçamento para fins militares do mundo. As aeronaves serão usadas para dar apoio à missão do Exército americano no Afeganistão.

A Embraer venceu a disputa em parceria com a americana Sierra Nevada. As aeronaves serão produzidas na fábrica da Embraer na Flórida.

O contrato é 20% maior do que o original. Além das 20 aeronaves de apoio tático, serão fornecidos equipamentos para treinamento de pilotos e peças de reposição. Caso seja renovado, o número de aeronaves pode chegar a 55.

Procurada, a Beechcraft sinalizou que pode voltar a contestar a decisão. "Estamos desapontados que a nossa proposta não foi escolhida. Vamos nos reunir com a USAF para entender a decisão e determinar nossos próximos passos", disse, em nota.

A reunião em que a USAF vai apresentar aos dois grupos os motivos da seleção está marcada para segunda.

Entre a primeira e a segunda disputa do programa, a Beechcraf entrou e saiu de concordata. A empresa enfrenta dificuldades financeiras desde a crise de 2008.

A chancela da Defesa americana abre as portas para a Embraer no mercado mundial. "Sem dúvida vai aumentar o nível de atratividade do avião", afirmou o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. O Super Tucano está em operação em nove países, com mais de 170 unidades entregues.

Segundo fonte do governo brasileiro, a confirmação da vitória da Embraer pode ajudar a remover parte dos obstáculos para a Boeing na licitação dos caças da Força Aérea Brasileira, disputa que pode chegar a US$ 16 bilhões. "Qualquer oportunidade de cooperação entre Brasil e EUA ajuda a relação bilateral", disse a presidente da Boeing do Brasil, Donna Hrinak.


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