Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Valor do negócio é pequeno, mas é um sinal político eloquente

IGOR GIELOW SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A retomada da compra dos Super Tucanos da Embraer pela Força Aérea norte-americana é resultado de um esforço conjunto da diplomacia comercial do Brasil e dos Estados Unidos.

Os interesses brasileiros são claros: ainda que em pequena escala, a gigante brasileira coloca o pé no clube de fornecedores de material militar de ponta para as Forças Armadas mais poderosas do mundo. Hoje, a Embraer já tem grande presença na aviação civil americana.

Já o Departamento de Estado americano sempre foi simpático ao negócio, devido ao interesse em aprofundar laços estratégicos com a maior economia ao sul de suas fronteiras.

Quando interesses paroquiais de congressistas nos Estados Unidos barraram a primeira seleção do avião, os diplomatas começaram as costuras de bastidores agora evidentes.

O negócio em si, em volume, é quase irrelevante. Mas a adoção de um vetor brasileiro sinaliza mais cooperação à frente -e é um sinal político eloquente.

A venda de caças norte-americanos Boeing F-18 está no topo dessa agenda americana. Não por acaso, a fabricante dos Estados Unidos abriu recentemente um escritório em Brasília e tem ninguém menos do que Donna Hrinak, ex-embaixadora do país no Brasil, como sua lobista principal.

A concorrência foi congelada pela presidente Dilma Rousseff desde sua posse, em 2011, quando os favoritos eram os franceses e o seu Dassault Rafale (participam também os suecos da Saab e o seu Gripen).

É uma aquisição grande em valor, hoje entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, e que sela alianças industrias e de transferência tecnológica -além de unir estrategicamente os países envolvidos.

Resta ver agora se novos lobbies internos falarão mais alto, novamente, nos EUA.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página