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Franceses gastam em média 2 horas por dia para cuidar da casa

GRACILIANO ROCHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

Na França, país que tem uma das legislações trabalhistas mais restritivas do mundo, ter um empregado doméstico em tempo integral é um luxo a que muito poucas pessoas podem se dar.

No país europeu, a jornada de trabalho é de 35 horas por semana (nove a menos que no Brasil) e o salário mínimo mensal é de € 1.430 (R$ 3.624).

Um estudo do Insee (versão francesa do IBGE) mostrou que cada francês dedica, em média, duas horas por dia para atividades como limpar a casa, preparar refeições e cuidar da roupa. O tempo dobra quando se trata de uma mulher casada com filhos.

Sem poder pagar por uma empregada para todos os dias, muitas famílias de classe média contratam diaristas durante algumas horas por semana -entre três e cinco, dependendo do tamanho da casa.

Elas lavam banheiros, passam aspirador pela casa e passam roupa previamente lavada pela família.

Em média, as empregadas recebem entre € 12 (R$ 30) e € 15 (R$ 38) por hora. O valor chega a € 20 (R$ 51) por hora se a contratação for por meio de uma agência de empregados domésticos.

Desde o pós-Guerra, quando a França passou a ter um Estado de bem-estar social, esse tipo de trabalho cabe majoritariamente a imigrantes de países pobres.

"Franceses não gostam de fazer isso, não. Muitas famílias preferem os estrangeiros porque dão bem mais duro e não reclamam", diz a baiana Angelina Bastos da Cruz, 52, que limpa casas há oito anos em Paris.

Como autônoma trabalhando em pelo menos três casas por semana, Angelina recebe, em média, € 1.500 (R$ 3.800) por mês -€ 500 (R$ 1.266 a menos do que ganhava antes da atual crise econômica.


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