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Uso da marca 'iphone' pode ter solução amigável
Gradiente e Apple param processo e negociam
Apple e IGB Eletrônica (ex-Gradiente) resolveram interromper a disputa judicial que travam pelo uso da marca "iphone" no Brasil e agora buscam uma solução amigável para a questão.
As empresas interromperam um processo que a Apple move contra a IGB Eletrônica para tentar extinguir parcialmente o registro da marca "gradiente iphone" -detida pela brasileira no país.
Procuradas, as empresas não quiseram se pronunciar. Mas uma pessoa com conhecimento das negociações, que pediu anonimato, confirmou que ambas negociam em sigilo.
Não é a primeira vez que a Apple enfrenta problemas com o nome de seus produtos. Ela precisou fazer acordo com a Cisco pelo uso da marca iPhone nos EUA e com a Proview para poder usar o nome iPad em Taiwan, na China e outros países asiáticos.
NOVELA
A IGB fez o pedido da marca "g gradiente iphone" em março de 2000 no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), órgão responsável por registrar marcas e patentes no Brasil, anos antes do lançamento do iPhone. A IGB se tornou dona do nome após a concessão do registro, em novembro de 2007.
A Apple tentou registrar a marca "iPhone" em julho do mesmo ano, mas, como o Inpi não aceita dois registros da mesma marca para uma mesma categoria de produto, o pedido foi negado.
Em 18 de dezembro, 15 dias antes de perder a exclusividade da marca, a Gradiente anunciou o lançamento do seu "iphone" -um registro expira em cinco anos caso não seja utilizado.
Mais modesto que o smartphone da Apple, o Gradiente Iphone tem sistema operacional Android 2.3, entrada para dois chips, 3G, wi-fi, câmera de 5 megapixels, cartão de memória de 2 GBytes e custa R$ 599 na loja da empresa.
A queda da Gradiente começou após a empresa adquirir a concorrente Philco, por R$ 60 milhões, em 2005. Dois anos depois, ela vendeu a empresa por R$ 22 milhões e, em crise, saiu do mercado.