Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Isenção tira competitividade de setor de sabonete

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

O repasse integral da desoneração da cesta básica para os preços do sabonete pode tirar do mercado pequenos e médios fabricantes dedicados exclusivamente a esse item.

Esses produtores, que fornecem sabonete para grandes indústrias ou para os supermercados venderem com marca própria, apresentam problema semelhante ao de outros ramos da indústria.

Com a isenção da cobrança de PIS, Cofins e do IPI sobre o preço de venda, essas indústrias não conseguem recuperar créditos tributários acumulados na compra de insumos, como produtos químicos e embalagens.

"Todo mês eu vou ter de colocar dinheiro para compensar os créditos que ficarão acumulados. O impacto é no fluxo de caixa", diz Breno Grou, diretor-executivo da Sinter Futura, empresa dedicada exclusivamente à produção de sabonetes no interior de São Paulo.

"Para conceder o desconto que os clientes pedem, vamos ficar no prejuízo", diz o diretor de uma indústria de Minas Gerais que pediu que não fosse identificado.

Grandes indústrias, com um amplo portfólio, conseguem recuperar esses créditos na venda de outros produtos não desonerados. Os fabricantes só de sabonetes, não, o que gerou uma distorção no mercado.

"Estamos perdendo muito em competitividade, nossa atividade está ameaçada", diz Grou. Segundo ele, os clientes estão solicitando redução de 12,5% nos preços, mas será possível promover uma queda de, no máximo, 5%.

Segundo Manoel Simões, diretor-executivo da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), as indústrias com produção própria de sabonete estão fazendo reduções de preço de 5% a 7%.

Já as marcas que vendem sabonetes produzidos por terceiros, o equivalente a um terço da indústria, ainda não promoveram reajustes por causa dos créditos.

Simões diz que a entidade apresentará o problema ao Ministério da Fazenda.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página