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Maduro promete usar "mão dura" contra golpistas

DA ENVIADA A CARACAS

Enrolado em uma bandeira da Venezuela, o estudante Carlos Javier Ramírez, 20, era um dos manifestantes que batiam panelas e gritava "fraude" na noite de ontem na praça Altamira, um símbolo da oposição no leste rico de Caracas.

"Essa é a nossa última oportunidade. Ou lutamos agora ou perdemos tudo e viramos uma ditadura. Saímos porque estamos indignados", dizia, não longe de onde horas antes manifestantes entraram em confronto com agentes da Guarda Nacional.

As manifestações nas ruas ontem e cenas de conflito mostraram que a convocatória feita pelo candidato derrotado à Presidência, Henrique Capriles, não seguiu o roteiro determinado por ele. No começo da noite, ele voltou a falar na TV oposicionista Globovisión pedindo fim dos episódios de violência.

"Descarreguem a raiva nas panelas", pediu ele, antes do panelaço programado para as 20h, que ressoou forte por mais de duas horas ao menos no leste da capital, acompanhado por buzinaços.

A imprensa local e o governo noticiavam a queima de casas do partido governista, o PSUV, no Estado de Táchira e de Anzoátegui, e de carros queimados em Barinas.

Manifestantes se concentraram diante da sede da TV estatal em Caracas, enquanto, em entrevista coletiva, o presidente Nicolás Maduro prometeu "mão dura" contra os golpistas.

A prova de fogo da estratégia de Capriles -se conseguia canalizar os protestos para recontagem dos votos ou se perdia a agenda para os confrontos- será amanhã, para quando convocou marcha em Caracas para formalizar o pedido de revisão ao CNE.

Para Ignacio Ávalos, do respeitado Observatório Eleitoral Venezuelano, a vitória apertada de Maduro "era o pior que poderia acontecer" ao país. Ele crê que a recontagem "protegeria" Capriles dos setores mais radicais da oposição, que pregam desconhecimento frontal do CNE e outras instituições. (FM)


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