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Oposição rejeita derrota e enfrenta Guarda Nacional

Comissão Nacional Eleitoral desconsiderou pedido de recontagem de Capriles e declarou vitória de Maduro

Opositor convocou protestos para hoje e amanhã contra a decisão que deu vitória a candidato do governo

FLÁVIA MARREIRO ENVIADA ESPECIAL A CARACAS

Um dia depois da apertada vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial da Venezuela, a tensão política no país subiu ao nível mais alto em anos com o não reconhecimento dos resultados pela oposição e enfrentamentos entre antichavistas e a Guarda Nacional em Caracas e episódios de violência em outras cidades.

A presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena, proclamou Maduro como presidente eleito ontem na mesma solenidade em que rejeitou a petição do candidato derrotado Henrique Capriles de recontagem manual de todos os votos.

Na ata de proclamação, Lucena leu os resultados do CNE: Maduro obteve 50,75% contra 48,97% de Capriles, que concorreu pela coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade). A diferença é de 262,473 votos.

"Há uma metade majoritária e uma metade que é minoria", discursou Maduro. "Nós reconhecemos a vocês, respeitamos, queremos trabalhar com esse povo que vota pela oposição", seguiu.

A presidente do CNE instou Capriles a buscar as instâncias legais para reclamar dos resultados -ainda que no país a principal corte esteja alinhada com o governo.

Rejeitou o apoio da OEA (Organização dos Estados Americanos) e do Departamento de Estado dos EUA aos pedidos dos opositores. "Não serão o acosso, a ameaça ou amedrontamento as armas para conseguir coisas no Poder eleitoral", disse.

Mais cedo, Capriles havia exigido que Maduro adiasse a proclamação como eleito ante a autoridade eleitoral até que a recontagem fosse feita.

Ele convocou um panelaço para a noite de ontem e protestos hoje ante o CNE caso suas exigências não fossem atendidas. As manifestações, no entanto, não seguiram a rota traçada pelo candidato (leia mais ao lado). Para amanhã, promete uma enorme marcha em Caracas para entregar suas denúncias às autoridades eleitorais.

"Nós acreditamos que ganhamos as eleições", disse Capriles, que prometeu aceitar os resultados, sejam quais forem, depois da recontagem de 100% dos votos.

Em seu pronunciamento, o opositor disse ter informações de que militares estão neste momento detidos por haver tentado evitar irregularidades na votação deste domingo quando a ordem "de um grupinho" superior era fazer "vista grossa".


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