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Governo de Cristina Kirchner enfrenta novo protesto hoje
Manifestação critica principalmente a reforma do Judiciário
Com quórum já garantido para aprovar uma ampla reforma do Judiciário, o governo Cristina Kirchner enfrentará hoje mais uma prova, com grande manifestação contra suas políticas, a partir das 20h, na Praça de Maio.
O protesto, organizado por meio das redes sociais e por membros da oposição, terá várias bandeiras, assim como em setembro e em novembro do ano passado, reunindo quase 1 milhão de pessoas. Os manifestantes protestarão contra a corrupção, a insegurança, a impunidade e a ideia de re-reeleição de Cristina.
O motivo principal, porém, será o projeto de lei que altera a estrutura da Justiça e que se encontra no Congresso.
Ontem, o Senado aprovou a ampliação do Conselho da Magistratura (equivalente ao Conselho Nacional de Justiça) e sua definição por voto popular. Hoje, discutirá e votará a restrição a liminares.
Enquanto isso, os deputados discutiram pontos secundários do projeto. Na semana que vem, deve virar lei.
Além de eleição direta para os representantes dos magistrados no Conselho da Magistratura, o projeto limita a concessão de liminares.
O projeto tem sido amplamente contestado pela oposição, que vê nele uma politização da Justiça.
A deputada Elisa Carrió disse que se trata de "golpe de Estado", enquanto a senadora Maria Eugenia Estenssoro afirmou que Cristina busca, com ela, a sua impunidade em casos de corrupção. Ontem, a igreja somou-se aos críticos, dizendo que o projeto "ameaça fragilizar a democracia no país".
Cristina defende a proposta com o argumento de que servirá para "democratizar a Justiça".
Ontem, ainda, a Justiça declarou inconstitucional os artigos da Lei de Meios que determinavam um limite para o número de licenças por parte de empresas. A medida favorece o grupo Clarín, que assim não teria de desfazer-se de um de seus canais de televisão. O governo ainda pode recorrer à Corte Suprema.