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Pervez Musharraf, ex-presidente do Paquistão, está em prisão domiciliar
Tribunal Superior de Islamabad decretou pena por caso de 2007
O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf foi colocado sob prisão domiciliar, confirmou sua porta-voz ontem, segundo a CNN.
Mais cedo, o governo do país afirmou que iria acatar a ordem do Tribunal Superior de Islamabad, que determinou sua detenção, segundo o ministro interino da Informação.
Musharraf saiu do tribunal logo após o juiz ter rejeitado seu pedido de extensão de sua fiança em um processo que enfrente desde 2007.
Ele é acusado de violar a Constituição do país por ter destituído juízes naquele ano, ainda como presidente (1999-2008). Sob um forte esquema de segurança privada, Musharraf seguiu para uma residência em Chak Shazad, nos arredores de Islamabad, seguido pela polícia.
Representantes do ex-presidente classificaram a decisão de "ativismo judicial aparentemente motivado por vingança pessoal", afirmando que apelarão à Suprema Corte para revertê-la.
CANDIDATO REJEITADO
A derrota judicial de ontem se soma ao revés sofrido por Musharraf após ter sido desqualificado das eleições de maio, uma vez que os tribunais eleitorais não o consideram apto para participar do pleito devido a seus problemas com a Justiça.
O ex-presidente cedeu o poder em 2008 por não controlar a pujante oposição interna e saiu do país em 2009 para evitar a ação dos tribunais, vivendo exilado em Londres e Dubai.
Quando retornou ao país, teve de enfrentar os diversos processos pendentes, entre eles o que ontem lhe valeu a ordem de detenção e outro na Suprema Corte em relação a uma acusação de alta traição por violar a Constituição.
Além disso, o ex-general é acusado de envolvimento nos assassinatos, em 2006, de um líder nacionalista da região do Baluchistão, Nawab Akbar Bugti, e, em 2007, da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto.
Musharraf está proibido de sair do Paquistão.