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Análise Venezuela

Líderes são pressionados a serem combativos

Maduro e Capriles sofrem contestação interna, o que os impulsiona a discurso duro, mas o momento é de negociação

JENNIFER MCCOY MICHAEL MCCARTHY ESPECIAL PARA A FOLHA

Depois dos 14 anos de liderança personalista de Hugo Chávez, os venezuelanos deram seus primeiros passos para o admirável mundo novo da contestação política, em 14 de abril, quando elegeram um presidente para completar o mandato de Chávez.

A oposição liderada por Henrique Capriles alega que ocorreram três tipos de irregularidades --incompatibilidade entre o número de votantes e o de votos apurados em certos locais; sérias deficiências na qualidade da votação; condições de campanha absurdamente desiguais.

Algumas das deficiências que a oposição e observadores nacionais identificaram incluem coerção ao voto, na forma de pessoas presentes para auxiliar eleitores que não precisavam de ajuda para votar; possível votação repetida; e votação por pessoas que se fizeram passar por eleitores mortos.

Outras queixas incluem a expulsão dos fiscais eleitorais da oposição em algumas das centrais de votação; intimidação de eleitores por gangues de motociclistas afiliadas ao governo; e disparidade nos recursos financeiros e acesso à imprensa.

O que causa a disputa é uma demanda fundamental por reconhecimento, de parte a parte; o governo alega que venceu a eleição com 51% dos votos e que deveria poder governar como maioria vitoriosa, sem "cogoverno".

A situação afirma que técnicos apontados pela oposição participaram de 16 auditorias do sistema eleitoral antes e depois de cada votação e declararam repetidamente que eram seguras e acuradas.

A oposição argumenta que, pela primeira vez desde que Chávez se tornou presidente em 1999, ela representa metade do país.

Quer que suas posições sejam levadas em conta em decisões de importância nacional, por exemplo sobre como elevar a produtividade e reduzir o crime, e participar na indicação de autoridades públicas, a exemplo de juízes e autoridades eleitorais.

Os dois líderes enfrentam disputas internas em seus movimentos políticos e sofrem pressões para que se mostrem fortes e combativos.

Há questões mais profundas que se tornarão prementes no futuro. Maduro lidera um movimento que acalenta ambições revolucionárias.

Capriles lidera uma aliança heterogênea que frequentemente no passado negou que seja na verdade uma minoria no país. Mas a lógica eleitoral e a Constituição de 1999 requerem negociação e soluções de compromisso, em um país tão dividido.


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