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Argentina anistia dólar não declarado

Pacote oferece isenção a quem investir suas economias na moeda estrangeira em setores imobiliário e energético

Projeto, que deve passar pelo Congresso, foi anunciado no mesmo dia em que cotação paralela superou 10 pesos

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

A equipe econômica do governo argentino anunciou ontem um pacote de medidas para atrair dólares que estão no mercado negro e estimular os setores imobiliário e energético.

Serão criados um bônus e um certificado imobiliário para atrair os que investem na moeda americana e a guardam em casa.

As medidas integram um projeto de lei que será enviado ao Congresso para ser votado nas próximas semanas.

Caso seja aprovado, representará uma espécie de anistia para os que possuem moeda estrangeira de forma clandestina.

Os que optarem pelo investimento oficial ficarão livres de punições e multas.

"Estimulamos aqueles que tenham economias em dólares sem declarar, tanto em cofres como debaixo do colchão ou em paraísos fiscais, para que invistam nesses dois instrumentos que anunciamos para transformar essas economias em novos investimentos que sirvam para criar novos empregos, mais consumo e sigam consolidando este modelo que beneficia a todos", disse o ministro da Economia, Hernán Lorenzino. Participaram, ainda, do anúncio, o vice-ministro Axel Kicillof, o secretário de Comércio Exterior, Guillermo Moreno, o titular da Afip (Receita Federal), Ricardo Echegaray, e a presidente do Banco Central, Mercedes Marcó del Pont.

A equipe econômica fez o anúncio no mesmo dia em que o dólar paralelo passou a ser comercializado acima da barreira simbólica dos 10 pesos, um novo recorde.

Desde o começo do ano, a cotação da moeda já acumula um aumento de 47%, abrindo uma brecha de quase 90% com relação ao dólar oficial, vendido a 5,20 pesos.

O aumento do dólar paralelo começou em outubro de 2011, quando o governo começou a adotar medidas restritivas para a compra da moeda norte-americana.

Na Argentina, o dólar é o principal meio de poupança da população e regula atividades importantes, como o mercado imobiliário.

Os membros da equipe econômica minimizaram o impacto da disparada do dólar blue na economia.

"O dólar é usado apenas por uma pequena parte dos argentinos", disse o vice-presidente, Amado Boudou.

Ontem, o ministro da Economia acrescentou: "Ninguém dá bola para o dólar". Já a presidente Cristina Kirchner disse que não haverá desvalorização do dólar oficial.

No mercado informal da moeda, o paralelo foi apelidado de dólar-Messi, por valer 10 pesos, número da camisa do craque argentino do Barcelona e por, como ele, ser "imparável".


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