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Exame revela que menina de 6 anos é filha de sequestrador

Ariel Castro, preso por sequestro triplo em Cleveland, é o pai da criança que Amanda Berry deu à luz em cativeiro

Acusado culpa vítimas por rapto, diz vereador; filha de Castro afirma que não pretende falar com o pai nunca mais

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Exames de DNA confirmaram ontem que a menina de seis anos encontrada com Amanda Berry, 27 --que passou dez anos em cativeiro em Cleveland (EUA)--, é filha do acusado pelo seu sequestro, o motorista de ônibus desempregado Ariel Castro, 52.

Castro, que está preso, já foi indiciado sob a acusação de ter raptado Amanda e mais duas mulheres (Michelle Knight, 32, e Georgina DeJesus, 23) entre 2002 e 2004, submetendo as três a estupros e agressões enquanto as mantinha presas em casa.

Amanda conseguiu escapar da casa no início desta semana e chamou a polícia, que libertou as outras duas. O acusado, de acordo com as autoridades, poderá ser condenado à pena de morte.

Em comunicado, o procurador Mike DeWine disse que os cientistas forenses obtiveram uma amostra de DNA do suspeito anteontem à tarde.

"Eles trabalharam durante toda a noite para confirmar que Ariel Castro é o pai da menina de seis anos de idade, nascido em cativeiro de uma das vítimas do sequestro", prossegue o comunicado.

Conforme o depoimento das vítimas, a filha de Amanda nasceu no Natal de 2006, num parto feito em uma piscina de plástico dentro da casa. Michelle disse que foi obrigada por Castro a fazer o parto e que, logo depois do nascimento, reanimou o bebê com respiração boca a boca.

O FBI (polícia federal americana) verifica agora se o DNA do suspeito de Cleveland é compatível com outros crimes que estão sendo investigados em âmbito federal.

Segundo Brian Cummins, conselheiro municipal (cargo equivalente ao de vereador) em Cleveland, os escritos achados pelos investigadores na casa de Castro narravam abuso sexual que o acusado teria sofrido na infância e falavam em suicídio.

"As notas diziam que, caso ele se matasse, queria que o dinheiro da casa fosse dividido entre as três mulheres. Também alegam que o rapto foi culpa' das vítimas", afirmou Cummins, que disse ter tomado conhecimento do conteúdo por meio de pessoa envolvida na investigação.

'FILME DE TERROR'

Em entrevista à rede CNN, Angie Gregg, filha de Castro, disse não ter notado, a princípio, nada suspeito em todas as vezes que visitou a casa do pai enquanto as três mulheres estavam em cativeiro.

Em retrospecto, no entanto, ela se deu conta de que o acusado sempre ouvia música alta, mantinha o porão trancado e não a deixava visitar o quarto em que ela dormia quando criança. "É como um filme de terror", disse.

Angie afirmou ainda que, dois meses atrás, o pai lhe mostrou uma foto da filha de Amanda dizendo ser a filha de sua namorada. Também disse que nunca mais voltará a falar com Castro: "Ele está morto para mim. Não passa de uma lembrança agora".


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