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Argentina

Governo quer expropriar ações de empresa de papel-jornal do Clarín

Projeto quer dar fatia maior ao governo em empresa que produz papel de imprensa

DE BUENOS AIRES - Após fracassar na tentativa de enfraquecer o Clarín com a Lei de Mídia, o governo argentino lançou mão de duas armas para avançar contra o patrimônio do grupo de comunicações com o qual está em guerra desde 2009.

Uma delas já está na Câmara desde ontem. Trata-se de um projeto de lei que, se aprovado, expropriará 24% das ações da Papel Prensa, empresa que produz papel-jornal usado pelos principais diários do país.

Hoje, o grupo Clarín tem 49% das ações da Papel Prensa, o "La Nación", 22,5%, e o Estado argentino, 27,5%. Com mais 24% nas mãos do governo, sua porção iria para 51%, tornando-o sócio majoritário.

Os kirchneristas alegam que a medida é "de utilidade pública", necessária para democratizar os meios de comunicação.

A segunda estratégia, mais discreta, tem a ver com a estrutura interna do próprio Clarín. Por meio da nacionalização dos fundos de pensão, o governo tornou-se proprietário de 9% das ações do grupo.

No final de 2012, o Congresso aprovou lei que permite a sócios minoritários exigir mudanças na organização das empresas caso se sintam prejudicados financeiramente, sem que a Justiça precise intervir.

"Não há a menor dúvida de que vão usar essa estratégia. A expropriação também é um instrumento. Agora que o Judiciário está na mão do governo com a reforma, ficou mais fácil avançar contra a empresa. Já era esperado", disse à Folha o porta-voz do Clarín, Martín Etchevers.


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