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Europa abre caminho para armar rebeldes

Informação é do chanceler britânico, que defendeu fim do embargo a opositores na Síria em reunião do bloco

Ministro francês diz que forças leais ao ditador Bashar al-Assad têm utilizado arsenal químico em combate

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

A União Europeia chegou a um acordo para suspender o embargo ao fornecimento de armas à Síria, afirmou ontem à noite o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague.

A decisão abre caminho para que países do bloco repassem armamento às tropas rebeldes que tentam derrubar o regime de Bashar al-Assad.

Hague afirmou, pelo Twitter, que não há decisão imediata de enviar armas ao país e que as demais sanções à Síria serão mantidas.

A discussão sobre o fim do embargo foi tema de uma reunião entre os ministros das Relações Exteriores dos 27 países do bloco, em Bruxelas.

A negociação chegou a ser dada como fracassada no início da noite, quando o ministro Michael Spindelegger afirmou a jornalistas em Bruxelas que não haveria acordo.

No entanto, os líderes voltaram a se reunir por mais algumas horas até que a notícia do fim do embargo fosse dada por Hague.

A resistência ao fim do embargo foi liderada pela Áustria, com adesão de países nórdicos e da República Tcheca. Eles argumentavam que a medida, em vez de resolver a crise, estimularia o aumento da violência na Síria.

"Acho que a União Europeia tem que manter uma linha. Nós somos uma comunidade pacífica e queremos permanecer assim", afirmou o austríaco Spindelegger.

Antes de se dizer vitorioso nas negociações, o britânico Hague declarou que a suspensão do embargo seria um "sinal claro de que o regime de al-Assad precisa negociar de forma séria."

O ministro francês Laurent Fabius, que também apoiou o fim do embargo, disse ver "suspeitas crescentes" de uso de armas químicas contra civis pelas tropas de Assad.

O jornal francês "Le Monde" publicou ontem relatos do uso de armas químicas pelo regime sírio.

Segundo o diário, um de seus fotógrafos teve dificuldades em respirar durante quatro dias, após um ataque em meados de abril.

A arma química utilizada, afirma o diário, é um gás incolor e inodoro. Os rebeldes estariam sendo tratados com antídoto para sarin.

A reportagem do "Le Monde" é mais um relato do uso repetido de armas químicas contra insurgentes.

Anteriormente, a Inteligência israelense alertara para as mesmas suspeitas.

Há, também, relatos do uso de gás sarin por parte dos rebeldes que combatem Assad.

CONFERÊNCIA

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, discutiu com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, sobre a conferência de paz na Síria. O objetivo é reunir representantes de Assad e dos rebeldes na mesa de negociação, em Genebra.

Ontem, o senador americano John McCain visitou os rebeldes. O republicano é a mais destacada autoridade eleita a visitar o país, depois da eclosão da guerra civil.


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