Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Imóveis nos EUA têm maior alta em 7 anos

Variação positiva de 10,9%, a terceira alta consecutiva, repercute em Wall Street e impulsiona Bolsa de Valores

Baixo estoque de casas à venda e demanda aquecida explicam subida registrada em levantamento

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Em mais um sinal de retomada da demanda no setor, os preços das casas nos Estados Unidos registraram em março a maior alta dos últimos sete anos, de acordo com um levantamento no mercado de 20 cidades americanas divulgado ontem.

Com variação positiva de 10,9% na comparação com o ano anterior, o índice Standard & Poor's Case-Shiller mostrou que todas as cidades analisadas avançam pelo terceiro mês consecutivo. Analistas esperavam aumento ligeiramente menor, de 10,2%.

Entre os 20 municípios, 12 tiveram crescimento anual de dois dígitos, segundo informou o relatório.

Os destaques foram alguns dos lugares mais fortemente afetados pela crise, como Phoenix (22,5%), San Francisco (22,2%) e Las Vegas (20,6%). As menores variações apareceram em Nova York (2,6%), Cleveland (4,8%) e Boston (6,7%).

A alta pode continuar aquecida nos próximos meses, estimam analistas.

A razão seria o estoque de casas à venda, que permanece baixo, enquanto a demanda --alimentada pela melhora no sentimento do consumidor e pelas taxas hipotecárias em níveis recordes de baixa-- ganha força.

Maior ativo financeiro para muitos americanos, as casas são capazes de proporcionar uma sensação geral de confiança quando têm seus preços elevados.

Os altos valores também podem aquecer as vendas se estimularem o retorno de vendedores interessados em testar o mercado. Muitos deles estavam retraídos diante de valores ainda 28% abaixo de pico alcançado em 2006.

O mercado, porém, avalia que o ritmo pode não ser sustentável.

"Dados recentes do setor têm confirmado a tendência positiva, como as vendas de imóveis novos e usados. Por outro lado, outros itens como o grande volume de casos ainda em algum estágio de execução hipotecária sugerem que a retomada não está completa", aponta David Blitzer, presidente do comitê do índice no relatório.

CONFIANÇA

Em outro indicador divulgado ontem, a confiança do consumidor americano subiu para 76,2 pontos em maio, ante 69 no mês anterior, segundo o grupo de pesquisa Conference Board.

O alto patamar de confiança, que é o mais elevado em cinco anos, pode ser atribuído à nova onda de otimismo no panorama do emprego e no setor de moradia.

Os números divulgados ontem impulsionaram Wall Street. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,69%. O S&P 500 subiu 0,63%.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página