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Redes americanas de fast-food sofrem greves por melhor salário

Sem tradição sindical, segmento é conhecido por alta rotatividade

DE NOVA YORK

Um movimento grevista ambicioso começa a ganhar força nos Estados Unidos entre funcionários das gigantes do negócio de fast-food, ícone da cultura americana.

Sem tradição de luta trabalhista, o segmento é mais conhecido pela alta rotatividade, que enfraquece os laços entre os funcionários.

Detroit, Chicago, St. Louis e Milwaukee foram nas últimas semanas os locais de manifestações por melhores salários em cadeias como McDonald's, Pizza Hut, KFC e outras.

Eles pedem US$ 15 por hora. Em Nova York, que já abrigou protestos em novembro e em abril, o salário vale US$ 7,25 por hora.

A Fast Food Forward, uma das organizadoras, calcula que a média anual de salários, US$ 11.000, cubra só 25% do custo de vida de trabalhadores em Nova York.

"Tenho de ajudar minha mãe, mas o salário não dá", diz Amere Graham, 18, funcionário do McDonald's.

As redes mais famosas do setor estão entre os empregadores que oferecem os piores salários do país, segundo a organização NYC Communities for Change.

Outro apoiador, o Black Institute reúne a comunidade negra, representante de boa parte da mão de obra. A greve em Nova York foi no aniversário de morte de Martin Luther King Jr, assassinado numa viagem a Memphis, cujo pano de fundo era uma greve no setor de limpeza.

Apesar de ainda pontuais, os esforços são avaliados pela imprensa local como a maior reação de trabalhadores na história da indústria de fast-food americana.

A greve que em novembro reuniu cerca de 200 trabalhadores de várias empresas em Nova York arrancou comentários positivos de políticos aspirantes à prefeitura.

"A costa Oeste terá greves em breve", diz Martin Rafanan, um dos líderes.

A Yum! Brands, que reúne KFC, Pizza Hut e Taco Bell, e a Associação Nacional de Restaurantes não comentaram. O McDonald's diz que vai seguir dialogando, mas ressalva que a maioria dos restaurantes da rede tem operações independentes.


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