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Desemprego na eurozona bate novo recorde em abril

Taxa nos 17 países que usam a moeda oscilou 0,1 ponto para cima e atingiu 12,2%

Índice entre jovens na Grécia supera os 60%; maioria dos analistas não prevê novas ações por parte do BC Europeu

JACK EWING DO "NEW YORK TIMES", EM LONDRES

O desemprego na zona do euro continuou a subir em abril, segundo dados oficiais divulgados ontem, chegando a mais um recorde, em meio à recessão prolongada e à ausência de resposta coordenada por parte dos responsáveis pela definição de políticas.

De acordo com a Eurostat, a agência de estatísticas da UE, a taxa de desemprego nos 17 países que usam a moeda comum subiu de 12,1%, um mês antes, para 12,2%. Quase um quarto das pessoas de até 25 anos que procuram trabalho estão desempregadas.

Apesar da alta, a maioria dos analistas não prevê que o BCE (Banco Central Europeu) reduza as taxas de juros ou tome outra medida de estímulo ao crescimento quando seu conselho político se reunir, na próxima semana.

Dados distintos da Eurostat mostraram que a inflação na zona do euro subiu de 1,2% para 1,4%, fato que pode levar o BCE a aguardar por sinais mais claros de que não exista risco de alta de preços.

Analistas consideram especialmente preocupante o aumento contínuo do desemprego entre jovens.

Em abril, esse índice atingiu 62,5% na Grécia e 56,4% na Espanha, ameaçando converter-se em obstáculo de longo prazo ao crescimento, na medida em que jovens são incapazes de iniciar a vida profissional.

"Nesses níveis, a taxa traz risco de converter-se em desemprego permanentemente instalado, reduzindo o crescimento sustentável no futuro", avalia Tom Rogers, economista que assessora a consultoria Ernst & Young.

Para Rogers, a decisão de líderes da UE de dar aos países com problemas mais tempo para reduzir seus deficits governamentais ajuda, assim como a redução do juro básico promovida pelo BCE no mês passado --mas "ainda falta fazer muito para estimular uma recuperação", diz.

O BCE continua relutante em adotar medidas mais radicais, como as adotadas pelo Federal Reserve, o BC norte-americano.

Ontem, cerca de 1.500 pessoas protestaram diante da sede do BCE, em Frankfurt, na Alemanha, contra as políticas de austeridade.

O juro básico na Europa já está muito baixo, em 0,5%, e é pouco provável que uma redução adicional aliviasse muito o arrocho de crédito em países como a Itália.

Uma boa notícia foi a queda do desemprego na Irlanda, de 13,7% para 13,5%; um ano atrás, estava em 14,9%. A melhora é um sinal de que o país se recupera pouco a pouco da crise bancária e da dívida que começou em 2008.


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