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Protestos na Turquia têm 79 feridos e 939 presos

Após 2 dias de conflito, polícia, acusada de excessos, deixa praça em Istambul

Criticado, premiê Recep Erdogan pede imediato fim de manifestações e diz que não cederá ao que chama de 'minoria'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de 90 manifestações em toda a Turquia ontem contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, no poder desde 2003, resultaram em pelo menos 79 feridos e 939 presos em 30 das 81 províncias do país, segundo o Ministério do Interior.

Após dois dias de confronto com manifestantes, e sob acusações de excessos, a polícia turca deixou ontem a praça Taksim, no centro de Istambul, maior cidade turca. Os enfrentamentos envolveram canhões d'água e bombas de gás lacrimogêneo, que deixaram dezenas de feridos.

Na região da praça, normalmente cheia de turistas, lojas foram fechadas, e algumas pessoas se abrigaram em hotéis de luxo para escapar do choque com os policiais.

À noite, numa tentativa de diminuir a tensão, as autoridades turcas decidiram remover as barreiras policiais e deixar que milhares de manifestantes ocupassem a praça.

Houve choque entre polícia e participantes de protestos também na capital, Ancara.

A origem dos protestos em Istambul é a obra de um shopping num parque anexo à praça Taksim --que, segundo ativistas, reduzirá ainda mais a área verde da cidade.

O movimento, no entanto, acabou se convertendo em protesto contra Erdogan, acusado de governar autoritariamente, e se espalhou pelo país. O principal opositor do governo, o Partido Republicano, convocou seus simpatizantes para ocupar a praça.

REAÇÃO DO PREMIÊ

Em discurso, Erdogan pediu o fim "imediato" dos protestos para não prejudicar "visitantes e comerciantes."

Disse ainda que não cederá aos manifestantes, que chamou de "minoria". "Assim como a maioria não pode impor sua vontade sobre a minoria, a minoria não pode impor a sua sobre a maioria."

Um mandado ordenou a paralisação das obras no parque ontem, mas o premiê pôs em dúvida a validade da decisão judicial, afirmando que poderá "criar mais conflito".


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