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Israel terá hospital fortificado subterrâneo

Sob ataque, local pode se transformar, em 48 horas, em unidade de saúde com 2.000 leitos

Objetivo é proteger de ataques aéreos ao norte de Israel pacientes e médicos; em 2006, um deles matou 8 pessoas

CLÁUDIA COLLUCCI ENVIADA ESPECIAL A HAIFA

O maior hospital fortificado subterrâneo do mundo está quase pronto. Fica em Haifa, cidade ao norte de Israel, erguida nas encostas do monte Carmelo e cuja história remonta aos tempos bíblicos.

Em tempos de paz, o local será estacionamento para 1.500 veículos. Mas, diante de ameaças de ataques aéreos, em 48 horas ele se transformará em um hospital com capacidade para 2.000 leitos.

Instalado no subsolo do hospital Rambam Health Care Campus, referência no atendimento de emergência de todo o norte israelense, o local tem 60 mil m² de área construída em três níveis.

Toda a estrutura é dotada de filtros capazes de proteger contra agentes químicos e biológicos. As laterais e o topo também têm vários metros de concreto, deixando o local imune a mísseis e bombas.

O hospital tem autossuficiência de oxigênio, energia, água e gás para uso médico. As camas de campanha, toaletes e sistemas de ar-condicionado estão em um hangar fora da unidade e, quando for necessário, serão levados para lá por túneis subterrâneos.

A ideia de construir o hospital fortificado surgiu em 2006, quando Haifa sofreu ataques com foguetes da milícia xiita Hizbullah. Ao menos oito pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

"O hospital ficou na rota dos mísseis. Felizmente, ninguém saiu ferido aqui dentro, mas nós não podemos contar sempre com a sorte ou com milagres", afirmou Rafi Beyar, diretor do Rambam.

"Ouvimos [60] mísseis caírem a menos de uma milha de nós. As paredes tremiam e muita gente, inclusive da nossa equipe, chegava ferida. Pensávamos que o hospital era seguro. Fomos ingênuos", disse o médico Michael Halberthal, chefe da triagem, sobre os ataques de 2006.

O funcionamento do hospital subterrâneo foi meticulosamente planejado do ponto de vista médico e de logística. Diante de ameaça de guerra, primeiro será preciso retirar todos os carros do estacionamento e limpar chão e paredes para uso hospitalar. Só depois móveis e equipamentos serão instalados.

"Também precisamos ter em estoque comida suficiente para milhares de pacientes e funcionários", disse Beyar.

DOAÇÃO

Embora tenha sido inaugurado oficialmente em 2012, o hospital subterrâneo está em obras e deve estar totalmente concluído em dois meses.

O local leva o nome do empresário bilionário Sammy Ofer (1922-2011), que doou US$ 20 milhões para a sua construção. Embora Ofer tenha vivido a maior parte da sua vida em Londres, ele passou a infância em Haifa.


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