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Monitoramento é "legal e limitado", afirma Obama

Defesa vem após denúncia de que dados na internet também eram acessados

Segundo o presidente dos EUA, "não dá para ter 100% de segurança, 100% de privacidade e zero de inconveniência"

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem os programas que têm espionado telefonemas e servidores de internet, dizendo que o monitoramento é "legal e limitado".

"Não estamos ouvindo os telefonemas", disse. "Não dá para ter 100% de segurança, 100% de privacidade e zero de inconveniência". Ele reafirmou que congressistas e juízes conheciam o programa de monitoramento. "Nós temos que fazer certas escolhas como sociedade."

E-mails, vídeos, fotos e bate-papos nos servidores de Google, Facebook, Apple, YouTube, Microsoft (Hotmail), Skype e Yahoo são acessados pelo governo há seis anos por um programa chamado Prism.

A denúncia, feita pelos jornais "The Washington Post" e "The Guardian", vem após a revelação de que milhões de telefonemas da companhia telefônica americana Verizon eram monitorados pelo governo graças a uma lei de segurança nacional, usada no combate ao terrorismo.

Enquanto a Verizon confirmou que entregou os dados em razão de uma ordem judicial, tanto Mark Zuckerberg, do Facebook, quanto Larry Page, presidente do Google, disseram que "jamais fizeram parte de um programa do governo americano de acesso aos servidores".

POLÊMICA

A escala da vigilância sobre a comunicação privada de milhões nos EUA e no exterior, criada pelo governo do republicano George W. Bush e mantida no de Obama, ampliou o debate sobre sacrifícios às liberdades individuais e à privacidade em nome do contraterrorismo.

Cresce, também, a discussão sobre o abuso do governo em estender o monitoramento dos cidadãos indeterminadamente.

Obama defendeu a atuação do governo horas antes de se encontrar com o novo presidente chinês, Xi Jinping, com quem trataria do tema de ciberespionagem.

"Se a comunidade de inteligência quer de fato ouvir uma ligação, ela precisa recorrer a um juiz federal e pedir uma autorização", continuou Obama.

"Se as pessoas não confiam não apenas no Poder Executivo, mas tampouco no Congresso ou nos juízes federai, nem que nós estamos respeitando a Constituição e a regra da lei, então teremos problemas aqui", afirmou.

Ele defendeu, ainda, "confidencialidade" e debates "a portas fechadas" no Congresso americano.

Obama também falou que a coleta de informação de gigantes da internet, como Google, Facebook e Apple, não se aplica a "cidadãos americanos ou pessoas que vivam nos Estados Unidos".

REAÇÃO EUROPEIA

A União Europeia reagiu à invasão de privacidade além das fronteiras americanas."Estamos naturalmente preocupados com possíveis consequências para a privacidade dos cidadãos europeus", disse a comissária europeia para Assuntos Internos, Cecilia Malmström, após reunião de ministros do Interior da UE em Luxemburgo.


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