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Chinês chega para encontro com Obama
"A decisão de nos encontrarmos tão cedo expressa a importância da relação entre EUA e China", diz americano
Espionagem cibernética é um dos assuntos mais sensíveis da reunião entre os dois gigantes da economia mundial
O presidente americano Barack Obama iniciou ontem com Xi Jinping, o novo presidente chinês, o que se espera que seja um encontro informal de dois dias no Estado da Califórnia.
Da empatia que a dupla deve criar espera-se o futuro da relação bilateral entre as duas maiores potências mundiais.
Por isso, a urgência no agendamento da reunião, poucos meses após Xi assumir o cargo, em março.
"A decisão de nos encontrarmos tão cedo expressa a importância da relação entre Estados Unidos e China", disse o americano. Livres de gravatas, os líderes apertaram calorosamente as mãos em frente às câmeras.
Obama disse esperar mais conversas prolongadas e informais que levarão a um "novo modelo de cooperação" entre os países.
Além da longa lista de pautas em economia e segurança, há também a espionagem cibernética de que os EUA tanto acusaram a China nos últimos meses.
"Inevitavelmente, existem áreas de tensão entre nossos países", disse Obama.
Espera-se do presidente americano que pressione seu parceiro no que é considerada uma grande preocupação, a espionagem sobre o governo e os negócios, que a China nega.
O tema, porém, é delicado enquanto o próprio Obama convive com críticas no âmbito doméstico, envolvido em uma série de escândalos sobre monitoramento praticado por seu governo.
De acordo com o Departamento de Defesa americano, hackers chineses invadiram e tiveram acesso a projetos de sistemas bélicos dos Estados Unidos.
Outro foco de atenção para a reunião é a Coreia do Norte, cuja recente escalada retórica no campo nuclear preocupou os governos americano e sul-coreano.
Como principal aliado político e parceiro comercial da Coreia do Norte, o posicionamento chinês é alvo de interesse americano.
REENCONTRO
Xi desembarcou na Califórnia na quinta-feira para a parte final de sua viagem que incluiu passagens por México, Costa Rica e Trinidad e Tobago, onde o país asiático procura expandir seus negócios.
Este foi o primeiro encontro desde que Xi assumiu a Presidência.
No início do ano passado, Obama o recebera em Washington, quando o então vice-presidente Xi já era cotado para assumir o cargo.
Na época, cobrando da China "novas responsabilidades", Obama mencionou distorções em práticas comerciais e também na área de direitos humanos.