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Análise

Reunião pode fortalecer elo entre líderes, mas não muda rivalidade

Nos EUA, há quem conte com o fator pessoal para gerir uma relação bilateral difícil, mas a cultura chinesa é de desconfiança

MINXIN PEI ESPECIAL PARA A FOLHA

A reunião informal entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder do Partido Comunista chinês, Xi Jinping, na Califórnia, foi descrita como "cúpula sem gravata". Washington espera que, em um ambiente relaxado, seja fácil para os dois líderes estabelecer um bom relacionamento pessoal.

Nos EUA, há até quem conte com um elo pessoal como esse para ajudar a administrar um relacionamento bilateral difícil, mas vital.

O presidente Obama talvez tenha melhor sorte em formar um relacionamento particular forte com Xi do que com qualquer outro dos principais líderes chineses que o antecederam, já que esses rejeitavam laços de amizade com líderes ocidentais.

Xi parece ser mais confiante. Em seus encontros com autoridades estrangeiras, exibe um raro estilo informal. Obama talvez encontre nele algumas qualidades que apreciará pessoalmente.

Mas seria ingênuo presumir que elos pessoais positivos possam se traduzir em um melhor relacionamento entre os EUA e a China. Para começar, Xi é parte de uma liderança coletiva. Pode influenciar os colegas, mas precisa compartilhar do poder com eles.

O mais importante é que a cultura política nos escalões mais altos do Partido Comunista chinês é de desconfiança quanto ao Ocidente. Formar um relacionamento pessoal estreito com o presidente dos EUA pode ser um grande prejuízo político, e não uma vantagem, para Xi.

Isso nos conduz ao que devemos esperar da conferência de cúpula. É possível um progresso limitado quanto a questões que ameaçam desestabilizar o relacionamento, como a espionagem cibernética e as provocações norte-coreanas. O encontro também deve resultar em uma compreensão pessoal mais significativa entre os dois mandatários.

Porém, não alterará fundamentalmente a natureza do relacionamento entre EUA e China. Em curto prazo, os elos entre Estados Unidos e China devem melhorar como resultado da conferência. Mas a rivalidade estratégica subjacente entre os dois países deve continuar.


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