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Empregadora de delator cresceu à custa do governo

BINYAMIN APPELBAUM ERIC LIPTON DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTON

A Booz Allen Hamilton, empregadora de Edward Snowden, se tornou uma das maiores e mais lucrativas empresas dos Estados Unidos ao atender quase exclusivamente um único cliente: o governo americano.

Ao longo dos últimos dez anos, boa parte do crescimento da companhia proveio de serviços especializados, tecnologia e pessoal à NSA (Agência de Segurança Nacional) e outras agências federais de inteligência.

No ano fiscal encerrado em março, a Booz Allen, com quase 25 mil funcionários, teve faturamento de US$ 5,76 bilhões (R$ 12,3 bilhões) --98% desse valor vieram de contratos com o governo.

Milhares de pessoas antes empregadas pelo governo, e que ainda têm licença para trabalhar com informações sigilosas, agora o fazem para empresas privadas. Snowden é um desses funcionários.

Como prova do relacionamento estreito entre a companhia e o governo, James Clapper, diretor de inteligência nacional dos EUA, foi executivo da Booz Allen, e seu predecessor no governo Bush, John McConnell, agora trabalha para a empresa.

"O aparelho de segurança nacional vem sendo cada vez mais privatizado e transferido a prestadores de serviços", disse Danielle Brian, diretora do projeto Supervisão Governamental, uma ONG que estuda os prestadores de serviços do governo.

"Isso é algo de que a maioria do público não está ciente." Segundo ela, até mesmo a concessão de licenças de segurança foi terceirizada, isto é, as empresas decidem quais funcionários podem acessar informações sigilosas.

Centenas de funcionários da Booz Allen trabalham diariamente dentro das instalações da NSA. A empresa também possui diversos edifícios de escritórios perto da sede da agência, em Fort Meade, Maryland.


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