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Manifestantes em Istambul recebem ultimato de premiê

Erdogan ordenou que ocupantes deixem o parque Gezi; na noite de ontem, ele se reuniu com grupo da oposição

Prazo de 24 horas foi dado após governo oferecer um referendo sobre proposta que levou a protestos no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Num dia de sinais contrastantes emitidos pelo governo turco, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan deu um ultimato para que os manifestantes desocupem o parque Gezi, em Istambul, e, horas depois, se reuniu com membros do grupo de oposição ao projeto de construção de um shopping no parque.

"Nossa paciência está no fim. Estou fazendo meu alerta pela última vez. Digo às mães e aos pais, por favor, peguem seus filhos pelas mãos e os retirem de lá", disse Erdogan durante reunião do AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento, sigla do premiê), em Ancara.

Segundo ele, o parque Gezi, ao lado da praça Taksim, "não pertence às forças de ocupação, mas ao povo".

O prazo dado na manhã de ontem para os manifestantes foi de 24 horas. Na noite de ontem, eles continuavam concentrados no parque, sem dar sinais de que cumpririam o ultimato dado pelo governo.

Na última terça-feira, agentes das forças especiais expulsaram, com gás lacrimogêneo e jatos d'água, os manifestantes da praça Taksim.

A delegação que se reuniu ontem por cinco horas com o premiê teve os membros escolhidos por ele e era formada, em grande parte, por atores e artistas. O grupo incluía também dois membros do grupo de manifestantes "Solidariedade Taksim".

Nenhuma das partes se manifestou após a reunião.

Anteontem, Erdogan tinha dado sinais positivos aos manifestantes ao propor um referendo sobre a obra, que foi o estopim das manifestações, iniciadas no final de maio.

O porta-voz do AKP, Huseyin Celik, afirmou que o referendo se limitará à construção, no parque Gezi, da réplica de um quartel no estilo do Império Otomano, que abrigaria um centro de compras.

Outra reivindicação --que o prédio de um centro cultural no parque não seja demolido-- não será atendida.

Segundo relatos divulgados pela agência Associated Press e pelo jornal "The Guardian", ao menos cinco pessoas --entre elas um policial-- morreram nos confrontos entre forças de segurança e manifestantes desde o início dos protestos. Mais de 5.000 teriam sido feridos.

Ontem, a Casa Branca se manifestou, pedindo às autoridades turcas que "respeitem a liberdade de expressão" da população.


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