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Premiê turco promete parar obra em parque até decisão judicial

Proposta agrada manifestantes, mas ocupação segue em Istambul

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, prometeu ontem suspender a destruição do parque Gezi, em Istambul, até que a Justiça local julgue um processo contra a obra.

O governo, que não cedia no intuito de destruir árvores para construir no lugar uma réplica de quartel do Império Otomano, aceitou parar as obras até a conclusão de uma ação judicial sobre o tema. Erdogan também teria prometido um referendo caso a decisão final lhe favoreça.

O premiê pediu aos últimos e irredutíveis ativistas que deixem o local. "Jovens, vocês ficaram tempo suficiente e transmitiram sua mensagem. Se ela se refere ao parque, foi escutada", disse, em discurso em Ancara.

O possível acordo chega como contraponto às ameaças de quinta, quando Erdogan, fortalecido pela retomada da contígua praça Taksim pela polícia, disse que a paciência tinha limites.

Na noite de quinta, ele se reuniu pela primeira vez desde o início da crise com uma comissão formada por artistas, profissionais liberais e representantes dos manifestantes. Após quatro horas, não houve decisões concretas, mas promessas e garantias.

Os representantes da Solidariedade Taksim, coletivo de 116 associações civis que codirigem a ocupação, deixaram a reunião otimistas.

"A nota positiva são as explicações de que o projeto não seguirá adiante", disse o urbanista Tayfun Kahraman.

Os ativistas, porém, passaram outra noite no parque. "Não se trata somente do futuro de Gezi, disse Kivanch, um músico de 39 anos.

DEMOGRAFIA

Os ocupantes do parque são, em sua maioria, mulheres e de inclinação política esquerdista. Segundo um censo divulgado ontem, 56% têm graduação universitária ou títulos de pós-graduação.


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