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Secretário diz que delator deverá ir à Justiça

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Em mais um sinal de que a perseguição ao ex-técnico da CIA Edward Snowden --que assumiu o vazamento sobre o programa de vigilância do governo americano-- deve se acirrar, o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse ontem que o delator terá de enfrentar a Justiça.

Holder parafraseou a afirmação feita um dia antes pelo diretor do FBI (polícia federal), Robert Mueller, de que a segurança nacional foi prejudicada pelas revelações do jovem de 29 anos.

"Os vazamentos são extremamente prejudiciais. Como resultado, se pôs em perigo a segurança nacional, a segurança dos cidadãos americanos, das pessoas que residem em países aliados", disse Holder, durante fórum de ministros que antecede a reunião do G8 em Dublin, na Irlanda.

O comentário do secretário de Justiça vem em um momento de elevação das preocupações de autoridades europeias com a privacidade.

A comissária de Justiça da União Europeia, Viviane Reding, disse que chegou a um acordo com Holder para formar um grupo transatlântico de especialistas que tratarão de temas ligados ao programa de vigilância --com o objetivo de trocar informações.

"Questões de segurança nacional não podem ser conduzidas às custas dos direitos fundamentais de cidadãos europeus", disse Reding.

Para a comissária para assuntos internos da UE, Cecilia Malmström, que também conversou com Holder, "é preciso haver equilíbrio entre a luta contra o terrorismo e o respeito à vida privada".

Apesar da escalada ameaçadora do governo americano, a denúncia de Snowden teve desdobramentos, também ontem.

O "South China Morning Post", publicação de Hong Kong --onde acredita-se que Snowden esteja escondido-- trouxe novos detalhes sobre a entrevista feita com o delator dias antes.

Segundo o jornal, ele pode comprovar com documentos que houve hackeamento pela agência de informação americana NSA contra alvos em Hong Kong e na China.

Nos documentos aparecem endereços IP (número de identificação de um computador conectado) e a data dos ataques cibernéticos. O jornal não publicou os dados nem identificou as pessoas ou instituições afetadas.

Para analistas, as informações divulgadas podem ser um recado de Snowden ao governo dos EUA de que tem mais conteúdo a revelar.


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