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Turquia ameaça usar Exército em protestos

Vice-premiê diz que governo lançará mão de todos os meios para dissolver manifestações que sejam 'contra a lei'

Em protesto convocado por sindicatos, ativistas foram impedidos pela polícia de chegar à Taksim, em Istambul

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Turquia ameaçou ontem usar o Exército para conter manifestações pelo país. A declaração, vinda do vice-premiê, Bülent Arinc, se deu após a expulsão, no fim de semana, dos manifestantes que acampavam no parque Gezi, em Istambul.

Em entrevista a um canal turco, Arinc defendeu a polícia e disse que o governo usará todos os meios para dissolver protestos.

"O que é exigido de nós é que paremos um protesto que seja contra a lei. Há a polícia [para isso], se não for suficiente, há as Forças Armadas", disse. "Elas usarão a autoridade que lhes foi dada. Ninguém deve reclamar da polícia."

Ontem, mais confrontos ocorreram em Istambul e na capital, Ancara. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes que tentavam voltar à praça Taksim e ao vizinho parque Gezi.

Os protestos de ontem foram liderados pelos dois principais sindicatos de trabalhadores do país, que convocaram uma greve geral de um dia, para tentar paralisar as atividades do governo. Entre as categorias que aderiram estavam funcionários públicos, médicos, engenheiros e advogados.

Em Ancara, centenas de manifestantes, carregando bandeiras dos sindicatos, se reuniram na praça Kizilay. A polícia também conteve os ativistas com jatos d'água.

Segundo o Conselho de Advogados turco, cerca de 500 pessoas foram presas desde domingo. Entre elas, cerca de 400 teriam sido detidas em Istambul e o resto em Ancara.

Segundo a oposição, desde o início dos protestos, a polícia usou cerca de 15 mil cápsulas de gás e 3.000 toneladas de água contra os ativistas.

Os protestos e a repressão policial já levaram a um aumento do apoio à oposição.

Uma pesquisa MetroPoll divulgada ontem mostra que 22,7% dos entrevistados votariam no principal partido de oposição, o secular CHP (Partido Republicano Popular), se as eleições fossem hoje. Em abril, o apoio era de apenas 15,3%. Os apoiadores do AKP (Partido Justiça e Desenvolvimento), de Erdogan, foram de 36% para 35,3%.


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