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Obama receberá 'blindagem' em Berlim

Com a expectativa de protestos na capital alemã, presidente dos Estados Unidos discursa hoje para público VIP

Esquema inclui 8.000 agentes, interrupção de linhas de metrô e aviso para moradores fecharem as janelas

BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

Protegido por um forte esquema de segurança, o presidente dos EUA, Barack Obama, deve ser blindado de protestos hoje, durante sua primeira visita oficial a Berlim.

A polícia alemã montou uma operação de guerra para isolar parte do centro e evitar incidentes em sua passagem pela cidade, que deve durar apenas 26 horas.

O esquema inclui a interdição de ruas e pontos turísticos da capital e a interrupção temporária de linhas de ônibus, trem e até de metrô.

Cerca de 8.000 policiais foram acionados. A ordem é evitar que manifestantes se aproximem do presidente.

Em sua única agenda prevista ao ar livre, Obama falará para 4.000 convidados no Portão de Brandemburgo, um dos símbolos de Berlim. Quem não está na lista não deve nem sequer conseguir vê-lo, a não ser pela televisão.

Ontem à tarde, horas antes da aterrissagem do avião presidencial, o Air Force One, grades de ferro e blindados da tropa de choque já impediam o acesso à praça Potsdamer, onde a família Obama está hospedada.

Os demais hóspedes do hotel de luxo reservado pelo governo americano eram obrigados a passar por detectores de metais e cães farejadores.

No metrô, o sistema de som repetia os avisos de interdições. Moradores do centro foram orientados a manter as janelas fechadas, apesar da previsão de calor de 33ºC.

Quem não seguir a ordem poderá ser alvo de visita da polícia, sob a alegação de que atiradores de elite poderiam usar os apartamentos para atirar no presidente.

JFK

Não por acaso, Obama recorrerá à mística do ex-presidente John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), assassinado no exercício do mandato, para tentar recuperar parte da sua popularidade na Europa.

O presidente discursará no mesmo lugar onde, há 50 anos, JFK fez um de seus pronunciamentos mais famosos contra o comunismo. O muro de Berlim caiu e a União Soviética acabou, mas Obama deve se apegar ao tema da liberdade.

Ele falará num cenário bem diferente do que encontrou em 2008, quando visitou a cidade pela última vez, como candidato a presidente, e discursou para 200 mil pessoas na Coluna da Vitória.

Agora, só poderão vê-lo pessoas selecionadas numa lista de VIPs, diplomatas e estudantes de uma escola local batizada com o nome de JFK.

Apesar da blindagem, manifestantes prometem fazer protestos fora da área de segurança contra a base de Guantánamo e o programa americano de espionagem.

Na pauta de discussões com a chanceler alemã, Angela Merkel, estão a Síria, a crise do euro e as negociações para um mercado comum entre EUA e União Europeia. Ele deve ser cobrado por Merkel sobre o escândalo do monitoramento.

Ao lado das filhas Sasha e Malia, a primeira-dama Michelle Obama cumprirá agenda paralela, com a mesma temática da Guerra Fria que embalou JFK em 1963.

Michelle deve visitar um trecho que restou do muro de Berlim e o Checkpoint Charlie, local que separava o setor de ocupação americana da área soviética da cidade.


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