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Análise

Ator criou mistura perfeita de força e fragilidade emocional

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

Em 1999, quando ficou conhecido no mundo todo pelo papel de Tony em "Família Soprano", James Gandolfini já era um veterano do cinema e do teatro.

No cinema, havia trabalhado com diretores conhecidos, como Clint Eastwood, Sidney Lumet, Joel Schumacher, Tony Scott, Barry Sonnenfeld e Alex De La Iglesia. Nos palcos, atuava havia quase dez anos e se destacara em uma montagem de "Sindicato de Ladrões" na Broadway.

Até o estouro de "Família Soprano", Gandolfini se especializou em roubar cenas, sempre no papel de coadjuvante. Conhecido por personagens truculentos --interpretou bandidos e mafiosos-- tinha um dos rostos mais marcantes do cinema.

Seu estilo contido de atuação caiu como uma luva no personagem Tony Soprano, um mafioso existencialista, que frequentemente questiona sua própria vida e decisões, inclusive em sessões de análise.

Tony é um assassino sádico que ama os filhos e os animais. É um pai carinhoso e um marido nem tanto, constantemente enganando a esposa. É um líder mafioso que decide a vida ou morte de muitos, mas que sofre ataques de pânico desde criança.

Gandolfini interpretou o personagem com a mistura perfeita de força bruta e fragilidade emocional, e talvez por isso Tony Soprano tenha se destacado tanto.

É um dos personagens mais interessantes e bem escritos da TV em muito tempo --talvez de todos os tempos-- e teve a sorte de contar com um ator excepcional.


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