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Senador asilado é condenado na Bolívia por desvio de dinheiro

Família de Roger Pinto teme que sentença dificulte salvo-conduto

ISABEL FLECK DE SÃO PAULO

O senador boliviano Roger Pinto, que está asilado há mais de um ano na embaixada brasileira em La Paz, foi condenado a um ano de prisão por corrupção. Foi a primeira sentença contra o oposicionista, que enfrenta mais de 20 processos no país.

A família do senador teme que a decisão do tribunal do departamento (Estado) de Pando seja usada pelo governo de Evo Morales para dificultar ainda mais a concessão do salvo-conduto --permissão necessária para que o asilado deixe o país em segurança.

"É uma pressão a mais para que não se conceda o salvo-conduto. E isso ocorre logo agora, depois que o ministro [brasileiro Antonio] Patriota disse que as negociações estavam avançando", disse Denise Pinto, filha do senador, que acusa o Executivo de usar sua influência no processo judicial.

Segundo ela, o defensor público que cuidava do caso foi trocado a poucos dias do julgamento. O senador pretende recorrer da sentença.

O Itamaraty disse ontem que "nada muda" na situação do asilo. "Nós concedemos o asilo por razões humanitárias. Já havia outros processos contra ele, que não impediram a concessão", disse o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes.

Segundo a acusação, enquanto era diretor da Zona Franca de Cobija, em 2000, Pinto teria desviado cerca de R$ 3,5 milhões para a Universidade Amazônica de Pando. O senador nega que tenha havido "desvio" e defende que o dinheiro foi aplicado na universidade.


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