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Reforma imigratória avança nos EUA

Senado aprova proposta para regularizar até 11 milhões de pessoas, mas texto deve sofrer resistência na Câmara

Projeto é uma das principais promessas de campanha de Obama e conta com apoio de empresas de tecnologia

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O Senado americano aprovou ontem, com 68 votos favoráveis e 32 contrários, a maior reforma imigratória do país em décadas. Agora o projeto vai para a Câmara dos Deputados, onde sofre maior oposição.

Com o apoio de 54 democratas e apenas 14 republicanos no Senado, a reforma cria um processo de legalização escalonada, que pode levar até 13 anos, para os 11 milhões de imigrantes sem papéis nos Estados Unidos.

Ela também aumenta gradualmente a emissão de vistos de trabalho H-1B para trabalhadores altamente qualificados, os que ganham acima de US$ 115 mil dólares (cerca de R$ 253 mil) por ano.

Autoriza ainda o investimento de US$ 30 bilhões (R$ 66 bilhões) na segurança da fronteira do país com o México, uma das principais exigências da oposição republicana para aprovar a lei.

Os 3.141 quilômetros de fronteira terão uma sucessão de muros e cercas, passando por quatro Estados americanos, e o número de guardas pulará de 21 mil para 40 mil --ainda que, nos últimos quatro anos, a entrada de imigrantes pela fronteira seja a menor em 30 anos.

A reforma imigratória virou uma das maiores promessas de campanha da reeleição do presidente Barack Obama em 2012.

Como 73% dos hispânicos votaram em Obama no ano passado, muitos republicanos achavam que era hora de se reconciliar com as minorias de imigrantes para reduzir a rejeição ao partido entre os latinos.

Mas os republicanos encontram-se divididos. Muitos calculam que a reforma simplesmente dará voto a 11 milhões de possíveis eleitores democratas.

Vários deputados republicanos foram eleitos em distritos majoritariamente brancos e com poucos estrangeiros, que se opõem à reforma.

Mas tanto associações de empresários quanto sindicatos, antes contrários à reforma, apoiam a legalização. Sindicalistas dizem que imigrantes sem papéis são mais vulneráveis e puxam salários para baixo.

VALE DO SILíCIO

Facebook, Apple, Microsoft, Yahoo! e Google estiveram entre os maiores lobistas para a aprovação da reforma. Essas empresas criaram uma associação no início do ano para promover a reforma.

Os empresários do setor se queixam que os 85 mil vistos concedidos anualmente para especialistas em tecnologia se esgotam em apenas 10 semanas. A reforma aumenta o número desses vistos a 180 mil.

CÂMARA

Agora, o projeto será votado na Câmara dos Deputados, onde os republicanos são maioria. Lá, a reforma não deve passar tão facilmente. Ted Cruz, deputado do Texas e estrela ascendente dos republicanos, já chamou a reforma de "anistia para criminosos".


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