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Análise

Uma vitória para ativistas gays e o sinal de novos tempos nos EUA

MICHAEL KEPP ESPECIAL PARA A FOLHA

Duas decisões da Suprema Corte americana de anteontem --uma definindo que casais gays têm direito a benefícios federais e outra que, na prática, permite o casamento gay na Califórnia-- foram vitórias para o movimento e um sinal de que a Corte acompanha a evolução das posições do público na questão.

Nos anos 1970, pesquisas de opinião mostravam que a maioria dos americanos considerava os relacionamentos homossexuais moralmente errados, convicção que continuou até os anos 1990.

Mas uma pesquisa recente da rede de TV americana CNN indicou que 55% dos americanos são a favor do casamento gay --uma alta de 11 pontos percentuais em relação a 2008.

É provável que a legalização do casamento gay em 12 Estados e o apoio a ele anunciado pelo presidente Obama em maio de 2012, seguido por declarações semelhantes de três senadores republicanos desde então, tenham influenciado não só a opinião pública mas também a de vários juízes da Suprema Corte.

Por 5-4, a corte revogou a Lei de Defesa do Casamento (Doma, em inglês), de 1996, que negava benefícios federais a casais homossexuais legalmente casados nos Estados em que residem.

A decisão se baseou no argumento constitucional amplo da "proteção igual". Desse modo a decisão da Corte torna-se um precedente legal forte para a revogação de outras leis discriminatórias.

Em outra decisão aprovada por 5-4, a Corte abriu caminho para o casamento gay na Califórnia, negando-se a se pronunciar sobre a Proposição Oito, emenda constitucional estadual que definiu o casamento como sendo entre um homem e uma mulher.

Essas decisões da Suprema Corte devem ajudar ajudar esses casais e os seus filhos a se sentirem menos excluídos socialmente. Mas, enquanto os outros 37 Estados não legalizarem o casamento homossexual, o sentimento de pária vai continuar para muitos gays e lésbicas americanos.


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