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'Não preciso de uma foto com Mandela', afirma Obama
Presidente dos EUA minimiza fato de não poder visitar líder sul-africano; ex-mulher diz que ele melhorou
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou ontem à noite à África do Sul para uma visita que provavelmente será ofuscada pela preocupação do país com a delicada saúde do ex-presidente Nelson Mandela, 94, internado em estado crítico em um hospital de Pretória, capital administrativa.
No voo desde o Senegal, primeira parada de um giro africano que ainda o levará á Tanzânia, Obama minimizou o fato de não poder se encontrar com Mandela, como era seu plano.
"A última coisa de que preciso é ser invasivo num momento em que a família está preocupa com a condição de Nelson Mandela. Não preciso de uma foto [com ele]", declarou o presidente.
Obama terá encontro com seu colega sul-africano, Jacob Zuma, e também fará uma visita ao antigo presídio de Robben Island, na Cidade do Cabo, onde Mandela passou 18 dos seus 27 anos de prisão durante o regime de segregação racial imposto pela minoria branca.
Pela manhã, cerca de mil pessoas marcharam pelas ruas de Pretória em protesto contra a visita de Obama.
Os manifestantes reclamavam sobre tudo: da guerra ao terrorismo no Afeganistão, da prisão de suspeitos na base militar de Guantánamo e do uso de drones (aviões não tripulados) contra supostos terroristas em operações dos Estados Unidos.
SAÚDE
Mandela, enquanto isso, continua internado em estado grave em um hospital de Pretória, após ter uma recaída de um quadro de infecção pulmonar.
No entanto, sua condição melhorou um pouco nos últimos dias, segundo sua ex-mulher Winnie Mandela, que o visitou ontem.
O ex-presidente está hospitalizado desde 8 de junho.
Os problemas respiratórios têm sido recorrentes no quadro clínico de Mandela --foram cinco internações nos últimos dois anos.