Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Floristas do Equador temem retaliação de americanos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um grupo de empresários equatorianos tem acompanhado com especial atenção o desenrolar do pedido de asilo feito a Quito pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden: os produtores de flores.

Eles já começam a sentir a pressão feita pelos EUA, principal destino de seu produto, para que o Equador não conceda asilo ao americano que revelou um esquema de espionagem de Washington.

Na última semana, o governo Obama adiou indefinidamente a decisão de eliminar tarifas sobre a importação de rosas --um pequeno sinal do que pode ocorrer se o presidente Rafael Correa decidir autorizar a permanência de Snowden no país.

As rosas não fazem parte do acordo preferencial entre os dois países, que prevê tarifa zero para outras flores, aspargos, brócolis e atum. E este acordo, que os EUA só mantêm com o Equador na região e que expira em 31 de julho, também está ameaçado.

"Estamos espantados como um evento tão distante da vida política e econômica do Equador tem causado tanta comoção e preocupação", disse o produtor Gino Descalzi à Associated Press.

"Isso muda totalmente o panorama financeiro do nosso negócio e afeta seriamente a estrutura dos nossos mercados", afirmou o empresário, que tem 280 empregados e produz 22 milhões de rosas por ano.

A indústria de flores emprega cerca de 50 mil pessoas em 550 fazendas pelo Equador e é, indiretamente, responsável por 110 mil empregos --o que coloca o negócio apenas atrás das exportações de petróleo, frutos do mar e bananas no país.

Mesmo se Snowden nunca chegar ao país, os empresários temem já ter sido prejudicados pela falta de confiança gerada pelo episódio.

"Não podemos pôr os interesses de 14 milhões de equatorianos em risco por causa de um hacker de 30 anos que nós nem conhecemos. Esse senhor não significa nada para nós", critica Descalzi.

Correa diz ainda estar analisando o pedido de Snowden.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página