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Praça Tahrir se torna paraíso dos ambulantes após o golpe

DIOGO BERCITO DO ENVIADO AO CAIRO

Tradicionalmente avessos a comentar seus lucros, os ambulantes na praça Tahrir vão responder que os negócios vão bem, "graças a Deus", e desconversar.

Mas, com um pouco de insistência da reportagem, confessam --o local, palco das revoluções recentes no Egito, tornou-se o paraíso dos vendedores de bugigangas.

Entre milhares de manifestantes, comerciantes conseguem multiplicar sua renda e, ao mesmo tempo, celebrar os acontecimentos políticos.

Mustafa Muhammad, 15, vem de uma família que há décadas vende chá de anis. Um copo não custa mais do que R$ 0,20. Eles negociavam cerca de cinco barris por dia, antes da revolução de 2011. Anteontem, nas celebrações do golpe militar, o garoto vendeu ao menos oito.

"Estamos vendendo quatro vezes mais do que o normal", diz Ashraf Faruk, que cozinha um prato típico de carne com legumes.

Na Tahrir, é possível achar um pouco de tudo. Placas de plástico com a palavra "irhal" ("saia", em árabe), por exemplo, mas também milho cozido, apitos e biribinhas.

"Queremos celebrar com o povo e alegrar as pessoas", diz Mustafa Salem, 18, que vende suco de tâmara em cima de um caminhão. Ele trabalha na região oeste do Cairo, mas decidiu ir até a Tahrir para participar da festa.

"Estou aqui comemorando", diz Umm Said, que vende cornetas de papelão produzidas por ela mesma. "Mas também vim para vender."


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