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Polêmicas e economia iniciaram desgaste

DE SÃO PAULO

A queda de Mohammed Mursi um ano após a posse foi precipitada pela combinação de uma série de medidas polêmicas com o mau desempenho econômico.

Já em novembro de 2012, ele editou decretos que lhe davam "superpoderes" e impediam a Justiça de intervir em decisões do Executivo. A medida foi seguida por uma onda de protestos pelo país.

Quatro dias depois, Mursi recuou e aceitou limitar os decretos. Os conflitos com a Justiça, porém, continuaram.

Em dezembro de 2012, o Supremo egípcio entrou em greve após manifestantes pró-Mursi impedirem sessão sobre a legitimidade da assembleia que aprovara o esboço da nova Constituição.

A Carta foi alvo de críticas à ausência de garantias aos direitos individuais e de minorias --os islamitas eram maioria na assembleia que aprovou o texto.

A falta de representatividade de grupos seculares no governo também alimentou a insatisfação popular.

Essas medidas agravaram a já complicada situação econômica do país. Segundo analistas, o caráter islâmico do governo dificultou a atração de tecnocratas com experiência para enfrentar desafios como o elevado deficit público, alimentado por subsídios aos combustíveis.

A instabilidade institucional e social também afugentou investimentos e prejudicou o turismo, derrubando a cotação da moeda, elevando o desemprego e agravando a necessidade de ajuda externa para financiar o deficit comercial --o país importa a maior parte dos alimentos.

Para tentar contornar o problema, Mursi começou a negociar em novembro um empréstimo com o FMI, que exigia reformas econômicas como contrapartida. O acordo não saiu do papel.


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