Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Embaixador nega colaboração de empresas

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ontem que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou que empresas brasileiras repassem informações ao governo americano.

O embaixador pediu audiência com Bernardo para explicar a revelação de que americanos monitoraram as comunicações no país.

Segundo Bernardo, o embaixador afirmou que, nos EUA, o governo vigia "metadados", ou seja, a quantidade e o tempo de ligação, sem avaliar o conteúdo.

Mas Shannon garantiu, ainda segundo Bernardo, que não há repasse de dados de empresas brasileiras para esse sistema. O ministro afirmou que as companhias também negaram enviar dados aos americanos.

O ministro cobrou um posicionamento de empresas como Google e Facebook, suspeitas de colaborar com o governo dos EUA. Paulo Bernardo defendeu que as grandes empresas da internet como Google e Facebook também devem se pronunciar. "Faz quase um mês e elas não falaram nada até agora", disse. As empresas negam que tenham autorizado o governo americano a espionar usuários e dizem que agem apenas dentro da lei.

Na saída do encontro, Shannon disse que as reportagens de "O Globo" "infelizmente apresentaram imagem distorcida do programa".

Segundo o jornal "O Globo", ao menos até 2002 funcionou em Brasília uma estação de espionagem na qual funcionários da NSA e agentes da CIA trabalharam em conjunto, por vezes "disfarçados de diplomatas". Shannon negou a existência dessa estação.

Os documentos dizem que o Brasil integra rede de 16 países que abrigam bases americanas de interceptação de dados de satélites locais por meio do software "Fornsat".

Bilhões de e-mails e telefonemas de brasileiros podem ter sido rastreados por programas como o Prism, que vigia e-mails, conversas on-line e consultas a serviços, como o Google Maps.

Outros softwares teriam sido usados, como o Boundless Informant, que registra horas e locais de envios, o X-Keyscore, que identifica e traduz idiomas, e o Fairview, que analisa os volumosos dados vigiados.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página